14/Jul/2025
O mercado está cauteloso após o anúncio de tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos às exportações brasileiras. A carne bovina é uma das principais afetadas. Os Estados Unidos são o segundo maior comprador da carne bovina brasileira, atrás apenas da China. Por causa da tarifa, que deve passar a valer em 1º de agosto, os frigoríficos exportadores estão fora do mercado físico. Frigoríficos que só operam no mercado interno também estão recuados, restando apenas alguns no físico em busca de oportunidades de aquisição de lotes terminados, sem concorrentes disputando preços. Desta forma, a oferta é maior do que a demanda.
Com isso, os preços registram recuo em São Paulo, onde o boi gordo está cotado a R$ 308,00 por arroba a prazo. A vaca gorda está cotada a R$ 278,00 por arroba a prazo; a novilha gorda, a R$ 293,00 por arroba a prazo. No aguardo de novos desdobramentos, muitos agentes estão fora das compras e devem permanecer assim no início desta semana. Além disso, as escalas alongadas e a fraca demanda interna por carne bovina desestimulam a indústria a adquirir mais bovinos.
O cenário é de pressão em diversas regiões pecuárias do País. A oferta de bovinos aumentou nos últimos dias, o que pressiona a cotação. As incertezas geradas em São Paulo também repercutem, por exemplo, em Mato Grosso do Sul, onde os compradores estão, em grande parte, fora das compras. Neste Estado, o boi gordo está cotado a R$ 305,00 por arroba; a vaca gorda, a R$ 285,00 por arroba; e a novilha gorda, a R$ 295,00 por arroba. As escalas de abate atendem, em média, a nove dias úteis.