14/Jul/2025
Segundo o Itaú BBA, a tarifa dos Estados Unidos sobre a carne bovina brasileira e a maior oferta de gado confinado no segundo semestre podem pressionar os preços do boi gordo. Após as exportações de carne bovina in natura do Brasil para os Estados Unidos crescerem 132% no primeiro semestre de 2025, mesmo fora da cota anual, o recente anúncio da alíquota de 50% sobre o produto pode inviabilizar as vendas ao país, que respondeu por 12% dos embarques no período. Com o volume extra-cota pagando 26,4%, a tarifa total sobre a carne bovina brasileira pode chegar a 76,4%, patamar que, segundo o banco, praticamente exclui o produto nacional do mercado norte-americano.
Essa limitação, somada à entrada de bovinos confinados no segundo semestre, tende a gerar excedente no mercado interno e afetar os preços. Mesmo que outros destinos absorvam esses excedentes, os preços de exportação, que vêm em recuperação, podem sentir. Apesar disso, a escassez global de carne bovina pode favorecer uma realocação da carne brasileira para mercados secundários, caso os Estados Unidos aumentem as compras de concorrentes como Austrália, Argentina e Uruguai. Nesse cenário, o impacto negativo nos preços tenderia a ser de curto prazo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.