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14/Jul/2025

Equinos: Mapa amplia investigação sobre mortes

O Ministério da Agricultura e Pecuária informou que intensificou as ações de investigação relacionadas à morte de equinos atribuídas ao consumo de rações fabricadas pela empresa Nutratta Nutrição Animal Ltda. As inspeções ocorrem desde o recebimento da primeira denúncia, em 26 de maio, por meio da Ouvidoria oficial. Em todas as propriedades investigadas nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Alagoas, os equinos que adoeceram ou vieram a óbito consumiram produtos da empresa. Os equinos que não ingeriram as rações permaneceram saudáveis, mesmo quando alojados nos mesmos ambientes.

Até o momento, 238 mortes de equídeos foram confirmadas, número que continua em atualização à medida que novas informações são reunidas. O governo destacou que também investiga novas informações recebidas sobre mortes de equinos em outras localidades, incluindo: 40 no sudoeste da Bahia, 70 em Goiânia (GO), 34 em Jarinu (SP), 10 em Santo Antônio do Pinhal (SP), 18 em Uberlândia (MG), 8 em Guaranésia (MG), 8 em Jequeri (MG) e 7 em Mariana (MG). Ressalta-se, no entanto, que a apuração desses novos casos tem sido dificultada pela ausência de comunicação formal via Ouvidoria, que é o canal oficial para registro das denúncias.

O estabelecimento havia sido inspecionado pela última vez em fevereiro de 2025, e anteriormente em junho de 2023. As ações de fiscalização seguem critérios técnicos baseados em avaliação de risco, histórico do estabelecimento e denúncias recebidas. Diante das irregularidades constatadas, o Ministério da Agricultura instaurou processo administrativo fiscalizatório, lavrou auto de infração e determinou a suspensão cautelar da fabricação e comercialização de rações destinadas, inicialmente, a equídeos. Posteriormente, a medida foi estendida para rações de todas as espécies animais, após a detecção de alcaloides pirrolizidínicos (substâncias tóxicas e incompatíveis com a segurança alimentar animal) em amostras coletadas.

A empresa foi notificada a realizar o recolhimento dos lotes afetados, procedimento que segue sob acompanhamento do Ministério da Agricultura. Até o momento, não foi apresentada documentação que comprove a conclusão do recolhimento de todos os lotes afetados, motivo pelo qual permanecem em vigor os alertas às autoridades locais e consumidores. Recentemente, decisão judicial autorizou parcialmente a retomada da produção e comercialização de rações não destinadas a equídeos. O Ministério da Agricultura já recorreu da decisão, apresentando novas evidências técnicas que reforçam o risco sanitário representado pelos produtos e a necessidade de manutenção das medidas preventivas adotadas. Fonte: Broadcast Agro.