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07/Jul/2025

Carnes: fusão Marfrig-BRF enfrenta resistências

A Ativa Investimentos avalia como "neutra" a decisão da Justiça paulista de manter, para 14 de julho, as assembleias gerais para tratar da incorporação das ações da BRF pela Marfrig. Esse movimento não altera a principal questão para os acionistas que é a relação de troca, que é considerada negativa. A transação aprovada pelos conselhos de administração das companhias envolve a troca de ações com base em uma relação de 0,8521 ação da Marfrig para cada ação da BRF. A assembleia era para ter ocorrido no dia 18 de junho, mas foi adiada em decisão unânime do colegiado da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), por falta de informações suficientes, incluindo dados que expliquem o preço-base de cada companhia e os critérios usados para definir a relação de troca entre as ações.

A Justiça negou o pedido da Previ, do investidor Alex Fontana e da gestora Latache Capital, que buscavam suspender a votação por meio de medida cautelar com tutela de urgência. Contudo, para o juiz do caso, André Tudisco, não há impedimento legal para que a Marfrig vote na assembleia, os comitês foram formados conforme as regras da Lei das S.A., e os minoritários continuam protegidos pelo direito de recesso, caso discordem da operação. Ainda, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) determinou que Marfrig e BRF apresentem defesa formal sobre o recurso da Minerva contra a fusão entre as duas companhias.

O prazo é de dez dias corridos, a contar da publicação da decisão no Diário Oficial da União. A medida foi tomada pelo conselheiro-relator Gustavo Augusto Freitas de Lima, que acolheu o recurso apresentado pela Minerva. A companhia contesta a aprovação sem restrições da operação, anteriormente proposta pela Superintendência Geral do Cade. A empresa alega riscos concorrenciais em caso de conclusão da operação, especialmente por conta da presença do fundo saudita Salic no capital tanto da Marfrig quanto da própria Minerva. Encerrado o prazo de dez dias, com ou sem manifestação, os autos devem retornar para nova análise do Cade. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.