01/Jul/2025
Pesquisa desenvolvida no Tecnovates e em laboratórios de graduação e pós-graduação da Univates tem buscado soluções sustentáveis para um dos principais resíduos da indústria de laticínios: o soro do queijo. O foco é no aproveitamento dos nutrientes presentes nesse subproduto, que ainda hoje representa um desafio ambiental significativo. Para cada quilo de queijo produzido, são necessários dez litros de leite, e cerca de 9 litros de soro são gerados. É realmente um problema ambiental. A substância, apesar de rica em matéria orgânica e nutrientes, pode causar desequilíbrios em corpos d’água se descartada de forma inadequada, afetando a oxigenação e a vida aquática por meio do desenvolvimento de microrganismos indesejados. A proposta da pesquisa é inverter essa lógica.
Em vez de tratar o soro como resíduo, o estudo busca formas de extrair valor dele. Hoje, a proteína isolada do soro já é utilizada em suplementos alimentares, por exemplo, e vem justamente desse material. No laboratório, os alunos estudam diferentes processos de concentração dessas proteínas, com foco em benefícios para o organismo humano. Além da produção de proteína isolada, a equipe trabalha com enzimas que quebram essas proteínas em cadeias menores de aminoácidos, compostos bioativos com grande potencial para a saúde humana. Esses processos resultam em produtos em pó com até 90% de concentração proteica, que podem ser comercializados por diferentes segmentos da indústria. Fonte: Grupo A Hora. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.