30/Jun/2025

O mercado físico do boi gordo está pressionado, refletindo principalmente o menor escoamento da carne bovina no mercado interno com neste final de mês. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 313,00 por arroba a prazo e o "boi China", a R$ 318,00 por arroba a prazo. Os preços das fêmeas se mantêm estáveis: a vaca gorda está cotada a R$ 285,00 por arroba a prazo e a novilha gorda, a R$ 300,00 por arroba a prazo. As escalas de abate seguem atendendo, em média, 9 dias.

Em Minas Gerais, o boi gordo está cotado a R$ 300,00 por arroba e em Mato Grosso, a R$ 313,00 por arroba. Apesar do recuo pontual, o ritmo firme das exportações e a expectativa de aumento sazonal da demanda na primeira quinzena de julho seguem favorecendo o pecuarista. Esse cenário tem sustentado maior poder de barganha no campo e permitido negociações mais seletivas. No entanto, a volatilidade climática em estados como Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e até em São Paulo leva a registros pontuais de negócios abaixo do referencial.

Porém, na maior parte das regiões, há estabilidade nos preços, apesar de algumas quedas pontuais. Muitos pecuaristas ainda resistem a aceitar valores menores, o que explica a menor liquidez. As escalas de abate estão um pouco mais confortáveis, entre 12 e 16 dias, e as ofertas de confinamento têm aumentado. O período de fim de mês ainda afeta o consumo doméstico. No entanto, a sustentação das exportações e a aproximação da virada do mês, quando tradicionalmente há aumento na demanda interna, podem limitar quedas adicionais.