27/Jun/2025

Segundo análise do Rabobank, as exportações aquecidas têm sustentado o bom desempenho da cadeia da carne bovina brasileira em 2025. O setor opera em um "novo patamar" de embarques, apoiado por uma demanda internacional sólida e preços em alta. Há sinais claros de que a demanda externa pela carne brasileira segue aquecida. Com 1,2 milhão de toneladas exportadas de janeiro a maio e receita de US$ 5,8 bilhões de janeiro a maio pelo País, chama atenção o fato de que a média diária de embarques na primeira quinzena de junho foi 22% superior à do mesmo período de 2024.

Os preços também acompanham o movimento, com alta de 21% na carne exportada, negociada a cerca de US$ 5.411,00 por tonelada. Do lado da oferta, a produção é crescente, puxada principalmente pelas categorias mais jovens. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a oferta de novilhas cresceu 17% e a de novilhos, 7%, enquanto a de machos adultos recuou 3%. O aumento na oferta esteve associado ao crescimento nas categorias mais jovens. Para o segundo semestre, a expectativa é de preços mais altos, com menor oferta de gado a pasto e aquecimento sazonal da demanda.

O mercado futuro do boi gordo sinaliza recuperação de preços, embora a força da demanda interna será decisiva para consolidar esse movimento. A análise também indica que a recente desvalorização do milho, reflexo da maior oferta, tem ampliado as projeções de margem para o confinamento, incentivando a engorda mesmo com a perspectiva de menor disponibilidade de bovinos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.