27/Jun/2025
A XP divulgou relatório com atualização de modelo de oferta e demanda de proteínas, incorporando dados do primeiro trimestre de 2025 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No geral, a oferta do setor de proteínas surpreendeu as expectativas anteriores, mas a forte demanda por exportação e os custos favoráveis da ração estão sustentando as margens do setor, apesar da recente queda de preços após a gripe aviária. No primeiro trimestre de 2025, a produção de carne bovina, de aves e suína cresceu ante primeiro trimestre de 2024 e com suporte de demanda robusta.
O abate de bovinos cresceu 4,6% no 1º trimestre de 2025 ante 1º trimestre de 2024, atrasando a reação dos preços à virada no ciclo pecuário e permitindo um aumento das exportações e da oferta doméstica. A expectativa é de um 2º semestre altista, mas o confinamento forte e Real fraco limitam o potencial de alta nos preços. Preços internos sólidos e demanda global sustentam margens. No primeiro trimestre de 2025, o abate de aves cresceu 2,3% na comparação anual, com margens fortes na carne, apesar de margens agrícolas fracas. O caso de gripe aviária em maio reduziu preços do frango vivo, mas preços no varejo se sustentaram. Com o País livre da doença e fim dos embargos, deve haver reação dos preços domésticos e de exportação.
Dessa forma, a oferta tem incentivos a crescer além do esperado, com custos menores, mas limitada pela oferta de genética. O abate de suínos cresceu 2,1% no primeiro trimestre de 2025 ante primeiro trimestre de 2024, impulsionado por fortes exportações. Margens agrícolas estão positivas com ração barata, apesar de margens no atacado reduzidas. A demanda externa cresce e se diversifica, com volumes recordes mesmo com queda para China e Hong Kong. A perspectiva é otimista para crescimento focado nas exportações. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.