25/Jun/2025
Segundo levantamento da dsm-firmenich, a participação dos bois terminados em sistema de boitel (quando o produtor terceiriza a engorda dos bovinos) deve representar 19% do volume total de bovinos confinados no Brasil em 2025. A representatividade do boitel hoje é de 1,6 milhão de cabeças. Após dois anos de retração, o modelo volta a crescer com a melhora da rentabilidade. Esse movimento foi reduzido nos últimos anos pela maior dificuldade de margem. Agora, se observa uma tendência forte de retomada desse setor dentro da cadeia.
Essa mensuração é desafiadora porque muitos produtores estão oferecendo o serviço de boitel como complemento à engorda dos próprios bovinos, o que dificulta a separação entre sistemas. Existem empresas direcionadas à prestação de serviço, mas cada vez mais os próprios pecuaristas fazem esse tipo de movimento para diluir o custo fixo, um dos grandes desafios do confinamento. O papel de investidores não pecuaristas no segmento (aqueles que adquirem lotes de bois em busca de rendimento superior à taxa básica de juros) é um perfil que vem ganhando espaço.
Nos momentos em que a arroba começa a reagir, como deve acontecer este ano e no próximo, esses investidores entram com força. Esse movimento foi especialmente visível em 2021, quando os juros estavam em patamares reduzidos e o cenário favorecia investimentos alternativos à renda fixa tradicional. A demanda do boi gordo começa a ser formada quatro anos antes, quando uma vaca é emprenhada. Quando essa oferta é mais apertada, como agora, o mercado começa a precificar a arroba para cima, e isso atrai investidores. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.