23/Jun/2025
Segundo o Itaú BBA, a suinocultura brasileira tem uma perspectiva favorável para os próximos meses, apoiada principalmente pela redução dos custos de produção e pelo bom desempenho das exportações. A perspectiva para a suinocultura segue positiva, diante da redução dos custos de produção, sobretudo de milho, combinado com o bom fluxo de exportações do lado da demanda e um crescimento não muito grande da oferta. Apesar dos bloqueios ainda vigentes às exportações de carne de frango, que têm causado uma sobreoferta no mercado doméstico dessa proteína, os preços dos suínos registram estabilidade relativa.
Isso ocorre porque o ritmo de oferta de suínos para abate está equilibrado e, do lado da demanda externa, o fluxo segue favorável. Sem desequilíbrios significativos entre oferta e demanda, as margens da suinocultura devem continuar positivas. No que diz respeito aos custos, o cenário para o milho, insumo fundamental na alimentação dos suínos, melhorou, principalmente por causa do clima favorável dos últimos meses. No Paraná, por exemplo, o preço do milho recuou 21% entre março e a primeira quinzena de junho. Outro ponto importante para o setor será o desenrolar das relações comerciais entre Estados Unidos e China. A China autorizou nos últimos dias mais 106 frigoríficos norte-americanos dessas carnes, após a recente reunião entre os dois países, e que pode derivar algum acordo nas próximas semanas.
Atualmente, a China conta com 623 frigoríficos norte-americanos habilitados para carne suína e 677 para carne de frango. A China, após se recuperar da peste suína africana (PSA), tem reduzido sua necessidade de importações desde 2021. No caso da carne suína brasileira, as vendas ao mercado chinês caíram 30% neste ano, após uma retração de 40% em 2024. Ainda assim, a China permanece como o segundo principal destino externo da carne suína do Brasil, ficando atrás apenas das Filipinas, demonstrando sua importância estratégica para o setor. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.