16/Jun/2025
A Friboi vê "grande potencial" do Brasil em acessar novos mercados para a carne bovina nacional após o País conquistar o selo de livre de febre aftosa sem vacinação. De um lado, há apetite pela carne brasileira em países para os quais ainda não é exportada, enquanto, de outro, o consumo da proteína bovina cresce em todo o mundo. O potencial, principalmente agora com essa certificação, é enorme, porque a demanda de carne bovina no mundo é crescente e o potencial para atender essa demanda crescente é do Brasi. O certificado da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) com o novo status sanitário do País foi entregue ao governo brasileiro em Paris.
Entre os novos mercados mapeados pelo setor para a carne bovina brasileira, despontam Japão, Coreia do Sul e Turquia. Com o certificado, essas negociações devem avançar. Já outros destinos, como Indonésia, Filipinas e Canadá, são citados como possíveis mercados para o País ampliar a pauta, incluindo também a exportação de miúdos bovinos, assim como a China. Há vários países para novas aberturas. A própria Friboi está preparada para exportar a novos mercados, entre eles o Japão, antiga ambição da pecuária brasileira. A Friboi já atende 160 países, incluindo entre os mais exigentes, como China, Estados Unidos, Europa, Chile, países do Oriente Médio, do Sudeste Asiático.
Hoje, os 34 frigoríficos da companhia no Brasil estão aptos a exportar a mercados mais exigentes dentre os parâmetros exigidos por esses mercados. A expectativa é de que a abertura do mercado japonês para a carne bovina brasileira se concretize ainda neste ano. Atualmente, a companhia já acessa parte desses mercados pelas operações da JBS no exterior. No caso do Japão, a JBS exporta carne bovina pelas unidades dos Estados Unidos e Austrália. Mas, há possibilidade de capturas de negócios em canais diferentes para a carne brasileira. A Friboi já fornece carne bovina há muitos anos para o Japão, pela operação na Austrália e nos Estados Unidos.
Mas, o Brasil tem produto para atender todos os canais: food service, indústria e varejo, diferentemente da Austrália e dos Estados Unidos. Um negócio não conflita com o outro. Pelo contrário, complementa. Há oportunidades comerciais para as unidades brasileiras da companhia a partir das aberturas de novos mercados, resultando em negócios e crescimento de faturamento com exportações. É uma grande conquista poder acessar mercados com preços mais remuneradores e volumes expressivos. O Japão, por exemplo, é o terceiro país que mais importa carne bovina no mundo. O selo de livre de febre aftosa sem vacinação tende a aumentar a valorização do produto brasileiro no exterior. A chancela agrega valor à cadeia, ao produtor e à indústria.
Há ainda oportunidade de o Brasil ampliar o fornecimento a mercados para os quais já acessa hoje, como países do Sudeste Asiático, agregando mais negócios. Quando se fala em Sudeste Asiático, em Oriente Médio e em norte da África, mesmo que haja crescimento tímido do consumo per capita, a tendência é que eles busquem esse volume crescente no Brasil. É um marco histórico construído nos últimos 60 anos. Esse novo status traz um ganho de imagem muito importante à carne brasileira: de sanidade, qualidade e segurança alimentar. Hoje, o Brasil tem o maior rebanho comercial do mundo e é o maior exportador mundial de carne bovina, com 3,2 milhões de toneladas exportadas no ano passado. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.