10/Out/2019

Membros da Comissão de Relações Exteriores do Senado norte-americano querem que o Tesouro analise as aquisições feitas pela JBS nos Estados Unidos. Eles pedem que a Comissão sobre Investimento Estrangeiro nos Estados Unidos (Cfius) inicie formalmente uma revisão das transações. Os senadores lembram que a JBS vem aumentando sua presença no setor de alimentos dos Estados Unidos nos últimos 12 anos. Eles alegam, porém, que a companhia se envolveu em atividades financeiras ilícitas e subornou funcionários do governo brasileiro para obter os empréstimos usados na aquisição de empresas dos Estados Unidos.

"Tendo em vista a conduta criminosa para obter os empréstimos usados para investimento nos Estados Unidos e as relações de negócios do grupo com o regime de Maduro, na Venezuela, assim como a crescente dependência de recursos de entidades alinhadas com o governo chinês, pedimos que a Cfius faça uma revisão das aquisições de companhias norte-americanas pela JBS", escreveram os senadores. Para eles, a tendência crescente de investimento estrangeiro no sistema alimentar norte-americano exige maior atenção e escrutínio para proteger o suprimento de alimentos da nação. A JBS tem uma subsidiária nos Estados Unidos há 12 anos. Desde então, a companhia fez várias aquisições importantes, tomando mercado de empresas locais. Entre os grupos adquiridos pela JBS nos Estados Unidos estão operações que antes pertenciam à Swift, à Smithfield, à Pilgrim’s Pride e à Cargill.

A JBS afirma que está ciente da situação e ressalta que cooperou totalmente com as autoridades norte-americanas, sempre de maneira transparente em relação aos eventos passados no Brasil. A empresa afirmou que continuará cooperando e permanecerá à disposição para responder a quaisquer novos questionamentos. A JBS defende que elevou a qualidade de gestão de todas as empresas adquiridas nos Estados Unidos, entregando resultados sólidos que proporcionaram o crescimento econômico de importantes comunidades agrícolas e que continuam criando oportunidades para muitos agricultores familiares e pecuaristas locais. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.