06/Jun/2025
Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (05/06) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), as exportações brasileiras de carne de aves e suas miudezas comestíveis (frescas, refrigeradas ou congeladas) caíram 14,4% em volume em maio, mês marcado pela descoberta do primeiro caso de gripe aviária em uma granja comercial no País. Foram embarcadas 363.108 toneladas, ante 424.417 toneladas em igual mês do ano passado. A receita gerada pelas exportações foi de US$ 654,663 milhões, recuo de 12,9% em relação aos US$ 751,895 milhões registrados em maio de 2024. O preço médio, por outro lado, subiu 1,8%, passando de US$ 1.771,60 por tonelada para US$ 1.802,90 por tonelada. O primeiro foco de gripe aviária no Brasil foi registrado em 16 de maio, em uma granja em Montenegro, na região metropolitana de Porto Alegre. Desde então, as exportações foram suspensas para diversos mercados, o que afetou diretamente o ritmo dos embarques.
Até 16 de maio, dia da confirmação do caso, o Brasil havia exportado 222.859 toneladas de carne de aves, com média diária de 20.260 toneladas. Nos dez dias úteis seguintes, foram embarcadas 140.249 toneladas, com média diária de 14.025 toneladas. Com isso, a média diária caiu 30,77% entre as três primeiras semanas do mês e as duas últimas. No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, as exportações de carne de frango totalizaram 2,466 milhões de toneladas, alta de 17,43% em comparação com as 2,100 milhões de toneladas registradas no igual período de 2024. A receita somou US$ 3,784 bilhões, leve crescimento de 0,26% em relação aos US$ 3,774 bilhões obtidos um ano antes. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), a queda nas exportações de carne de aves registrada em maio pode ser explicada pelas restrições adotadas após o registro de gripe aviária no País.
Embora essas medidas sanitárias impactem negativamente o desempenho exportador do setor, elas não têm o poder de cessar completamente a exportação. A restrição é dada no momento da emissão do certificado sanitário, se deixa de emitir certificado para aquele destino. E o certificado é feito no frigorífico. Então a carne que já foi certificada e está estocada no frigorífico para ser embarcada, que está no caminho do porto, muitas vezes já está no navio, então ainda tem esse efeito desses embarques, mas já se observa que essa pequena redução foi efeito das suspensões. Em relação aos dados do ano, o volume exportado nos primeiros cinco meses de 2025 ficou praticamente estável, enquanto os preços caíram 1,5%. Já o volume importado cresceu 11% até maio, enquanto os preços tiveram uma queda de 3,9%. Ao longo destes meses, foi registrada uma redução de 9,8% na exportação para a China. Para a União Europeia, Estados Unidos e Argentina, houve aumento de vendas em 6,3%, 5% e 52,5%, respectivamente. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.