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05/Jun/2025

Boi: movimentação de preços de cortes no atacado

Maio foi um mês de queda dos preços da carne bovina. Em São Paulo, no atacado, o preço da carcaça casada bovina se desvalorizou 6,6% no mês passado. Os principais cortes desossados, no entanto, recuaram um pouco menos ou tiveram até mesmo alguma alta no comparativo da última semana de maio com a última de abril. Apenas alguns cortes, com capacidade de puxar promoções, como coxão mole, acém e paleta com músculo, baixaram entre 4% e 5% no acumulado de maio. Miolo de alcatra, coxão duro, paleta com músculo e peito apresentaram quedas entre 2% e 3%. O patinho, o lagarto, a picanha, o músculo e a fraldinha, por exemplo, tiveram seus preços médios reduzidos em no máximo de 1%, ou seja, praticamente sem repasse da queda verificada para a carcaça com osso. Contrafilé, capa do contra e músculo registraram pequenas altas, também ao redor de 1%, enquanto alcatra com maminha e maminha se valorizaram ao redor de 4%.

Isso significa leve recomposição da margem dos agentes que fazem a desossa (frigoríficos ou intermediários), o que limita a reação da demanda final mesmo com os preços baixando nos elos iniciais da cadeia (produtor e frigorífico que vende carcaça). Ampliando-se o período de análise, constata-se que os cortes traseiros tendem a cair no primeiro semestre e a se recuperar no segundo, havendo sempre espaço para ajustes conforme, principalmente, o perfil das cargas exportadas a cada mês. Os cortes do dianteiro costumam se valorizar no primeiro semestre e a cair no segundo, mas, em 2024, também estiveram em alta na segunda metade do ano. Em maio, o dianteiro (com osso) teve média R$ 19,59 por Kg, valor 1,7% acima do de janeiro (deflacionamento pelo IGP-DI abril/2025). O traseiro recuou 10,35% nesse período, cotado a R$ 24,71 por Kg no último mês.

Essas variações são semelhantes às do mesmo período do ano passado, quando o dianteiro havia subido 2,3% e o traseiro, caído 11,6%, a R$ 14,94 por Kg e a R$ 19,79 por Kg, respectivamente, na média de maio/2024 (valores deflacionados). Analisando-se, agora, o ajuste fino dos preços dos cortes sem osso, constatam-se valorizações entre 5% e 6% de algumas peças do dianteiro de janeiro a maio deste ano. Esse é o caso do acém e da paleta, com e sem músculo. Músculo e peito subiram cerca de 2%. Por outro lado, quedas fortes são vistas para cortes do traseiro, como a fraldinha (18%), filé sem capa (16,5%), picanha (13%), maminha (10%), contrafilé (9%), capa do contra (9%), miolo de alcatra (9%) e alcatra com maminha (8%). Nos últimos sete dias, especificamente, as cotações médias da carne seguem estáveis, havendo melhora no ritmo de vendas. A carcaça casada tem média de R$ 21,45 por Kg, variação de R$ 0,01 por Kg no período. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.