02/Jun/2025
A listagem da JBS na Bolsa de Nova York deve abrir novas frentes para o crescimento da companhia por meio de fusões e aquisições, afirmou o acionista e membro do conselho da companhia, Wesley Batista. A JBS tem um histórico consolidado de expansão via aquisições. O acesso ao mercado de capitais norte-americano amplia a base de investidores e pode financiar novos movimentos estratégicos. Estando listados na Nyse (Bolsa de Nova York), acessando um volume de recursos detido pelos maiores fundos de investimento dos Estados Unidos, logicamente, isso vai abrir condições para a JBS. No entanto, não há nenhuma operação específica em andamento no curto prazo. A empresa está constantemente avaliando oportunidades.
Além de proteína animal, a companhia pretende seguir ampliando sua presença em alimentos industrializados. A empresa está mais voltada a produtos com marca e valor agregado, como por exemplo em itens que já fazem parte do portfólio no Brasil, como margarina, pizza, lasanha e massas. Em resposta às críticas de políticos norte-americanos e ambientalistas à aprovação da listagem da JBS na Bolsa de Nova York, Wesley Batista afirmou que vê com naturalidade o movimento e rejeitou qualquer leitura negativa sobre a operação. Ele afirmou que a JBS é mais admirada nos Estados Unidos do que no Brasil. A aprovação da listagem da JBS na Nyse foi alvo de pressão por parte de congressistas nos Estados Unidos, que citaram preocupações com o histórico ambiental da empresa.
Wesley minimizou o impacto dessas manifestações. Sobre as críticas ambientais, ele afirmou que isso acontece com outras empresas. O grupo J&F não tem intenção de sair dos setores em que atua atualmente, nem de abrir novas frentes em 2025. A estratégia de consolidar e expandir as operações já existentes. O grupo, que engloba negócios em áreas como celulose, energia, cosméticos, mídia, mineração e o setor financeiro, tem priorizado o crescimento orgânico. No setor bancário, o PicPay e o Banco Original são frentes importantes da holding. Wesley Batista minimizou as críticas sobre a nova estrutura societária da companhia, aprovada recentemente pelos acionistas. Aa adoção de ações com diferentes classes de voto foi uma decisão coerente e transparente.
Além disso, garantiu que nunca temeu uma derrota na votação que aprovou a mudança na estrutura societária e a dupla listagem. A JBS já esperava o posicionamento das agências e sabia que muitos fundos passivos seguiriam essas recomendações, afirmou Batista ao comentar o resultado parcial contrário à aprovação no dia que antecedeu a assembleia e ressaltou que houve aprovação. A nova estrutura, que permite a emissão de ações com direitos diferenciados de voto, mas não altera o controle da companhia. O direito à nova classe de ação será estendido a todos os acionistas, e não apenas à holding J&F. O modelo contribui para a agilidade e a tomada de decisões estratégicas. "Toda empresa bem-sucedida tem dono. Não necessariamente dono do capital, mas dono no sentido espiritual, de liderança", disse, citando exemplos como o JPMorgan e o Santander. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.