30/May/2025
O Brasil foi reconhecido como área livre de febre aftosa sem vacinação. O novo status sanitário foi concedido ao País pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e aprovado durante a 92ª Assembleia da Organização realizada nesta quinta-feira (29/05) em Paris, na França. O certificado foi recebido pelo diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Marcelo Mota. Na próxima semana, uma comitiva com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, estará na França para a cerimônia oficial de entrega do reconhecimento ao Brasil pela OMSA. O Brasil se declarou livre da febre aftosa sem vacinação há um ano, após o fim da última imunização contra a doença. A certificação pela OMSA exige a suspensão da vacinação contra a febre aftosa e a proibição de ingresso de animais vacinados nos Estados por, pelo menos, 12 meses antes da mudança do status sanitário, o que foi cumprido pelo País.
Agora, com o certificado da OMSA, o Brasil tem o reconhecimento internacional da evolução do status sanitário. O governo e o setor produtivo avaliam que o novo status sanitário deve permitir o acesso das carnes brasileiras a mercados mais exigentes, e mais remuneradores, como Japão e Coreia do Sul. Ao todo, mais de 244 milhões de bovinos e bubalinos em cerca de 3,2 milhões de propriedades deixaram de ser vacinados contra a doença, processo iniciado há mais de 50 anos, segundo informações do Ministério da Agricultura. A última ocorrência da doença em território nacional foi em 2006, seguida da implementação de zonas livres de febre aftosa. Até então, somente os estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e de Mato Grosso tinham o reconhecimento internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação pela OMSA.
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) afirmou que o reconhecimento do Brasil como país livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) é uma conquista histórica para a pecuária e para o País. É um dia histórico para o Brasil, produtores rurais e pecuaristas brasileiros pelo recebimento do certificado de País livre de febre aftosa sem vacinação. O Brasil poderá vender carne para qualquer país sabendo que está vendendo produto de alta qualidade e livre de aftosa. A campanha para retirada da vacinação do rebanho começou há mais de 20 anos, em esforço conjunto de pecuaristas, Estados e governo. É uma grande conquista para os brasileiros e para os produtores rurais. Uma comitiva de representantes do Sistema CNA/Senar acompanhou o anúncio do novo status sanitário em Paris, durante a Assembleia Mundial da Organização Mundial da Saúde Animal. Todo o setor de carne se beneficia desse progresso.
O Brasil precisa cuidar ainda mais do seu rebanho. O mercado internacional exige quantidade, rapidez e qualidade no fornecimento dos alimentos. É necessário que o Brasil continue trabalhando para a manutenção do status declarado pela OMSA. Os produtores rurais conquistam um status diferente, podendo acessar mercados mais exigentes, que pagam mais pela carne e que, sem esse status, não poderiam ser alcançados. O reconhecimento internacional de país livre de febre aftosa, sem vacinação, reforça o compromisso do setor agropecuário, dos produtores rurais, com relação à sanidade de seus rebanhos e com a qualidade dos produtos ofertados aos mercados compradores. É fruto de um esforço conjunto de anos entre o Estado e o setor privado e de ações coordenadas para a retirada gradual da vacina, de acordo com o Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA).
O processo de retirada da vacinação foi conduzido de forma segura, com base na evolução dos Estados com relação ao cumprimento de requisitos mínimos. De acordo com a CNA, estudos soroepidemiológicos apontam que não há circulação do vírus da aftosa no País. Esses estudos são obrigatórios para a certificação pela OMSA. Apesar de retirar a vacina, o Brasil continuará com as ações de vigilância e controle sanitário do rebanho. É fundamental o papel dos pecuaristas e seus colaboradores, que estão na linha de frente e têm a responsabilidade de notificar o Serviço Veterinário Oficial (SVO). Entre os benefícios econômicos gerados pelo reconhecimento internacional do País, está o acesso a mercados mais exigentes, a valorização da carne bovina brasileira, a redução de custos públicos e privados com vacinação e o incremento do valor agregado da cadeia do agronegócio. Além disso, o certificado ainda possibilita o fortalecimento da imagem sanitária do País, estimula identificação individual e vigilância mais eficaz e gera maior sustentabilidade no sistema de produção. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.