30/May/2025
Com o reconhecimento do Brasil como país livre de febre aftosa sem vacinação, nesta quinta-feira (29/05), pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), o mercado japonês, um dos mais exigentes do mundo, está mais próximo de ser aberto à carne bovina brasileira. De olho nessa oportunidade, o Brasil pode se destacar pelas vendas de cortes magros, como filé mignon, patinho e lagarto. O consumidor japonês gosta de cortes magros, com pouca gordura, para consumo no dia a dia. Como a população é mais idosa, tende a comer carnes que tenham menos gordura pensando em benefícios à saúde.
Pensando no tipo de corte, os japoneses também gostam, majoritariamente, do bife de Wagyu, para ocasiões especiais. O Brasil já cria a raça bovina japonesa. Ainda não há uma data definida para a abertura formal do mercado, mas as negociações já estão em estágio avançado. Uma missão técnica japonesa deve visitar o Brasil nas próximas semanas, como desdobramento de compromissos assumidos em recente visita do governo brasileiro ao país asiático. Agora, com o aval da OMSA, o Brasil dá um passo importante para se posicionar entre os principais fornecedores globais de carne premium.
O Japão importa majoritariamente dos Estados Unidos e da Austrália, que, juntos, representam cerca de 80% do volume total de carne bovina comprado pelo país asiático, seguidos por Canadá e Nova Zelândia. O Japão paga, em média, US$ 7,59 mil por tonelada da carne norte-americana. A carne australiana tem uma média de US$ 6,6 mil por tonelada. O valor é, portanto, bem superior à média de US$ 5.177,70 por tonelada recebido pelo Brasil nos embarques realizados em maio. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.