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28/May/2025

Ração Animal: gripe aviária não impactará demanda

Apesar da detecção de um foco de gripe aviária em uma granja comercial no Rio Grande do Sul, o Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações) manteve a projeção de crescimento da demanda por rações para a avicultura em 2025. A expectativa está atrelada ao desempenho da indústria produtora e exportadora de frango, que deve continuar demandante, mesmo diante dos embargos temporários relacionados à crise sanitária. Por isso, não deve haver um freio relevante na produção de frangos, o que traria efeito direto sobre a aquisição de insumos. A estimativa leva em conta o aumento da demanda por frango no mercado externo e a manutenção dos embarques por parte de grandes compradores internacionais que seguem importando de outros Estados brasileiros. O Japão, os Emirados Árabes e a Arábia Saudita já declararam que deixam de comprar apenas da região afetada, mas continuam importando de outras áreas do Brasil.

A indústria deverá consumir, em 2025, cerca de 60 milhões de toneladas de milho e 20 milhões de toneladas de farelo de soja (insumos que representam mais de 70% dos custos de produção de rações para aves e suínos). Em 2024, os frangos de corte absorveram 36,9 milhões de toneladas do consumo de rações, com previsão de aumento para 37,9 milhões em 2025. O País já vinha registrando alta nas exportações em 2024. Até abril, as exportações brasileiras de frango tinham crescido quase 10%, porque o mundo está demandando mais. Além do preço competitivo, o destaque é a confiança internacional no controle sanitário brasileiro. Sobretudo, há confiança dos compradores na segurança, na qualidade e na biossegurança do produto brasileiro. Não há motivo para uma desaceleração no ritmo de produção, já que a oferta vinha ajustada tanto no mercado interno quanto no externo. O mercado não está saturado: há frangos disponíveis em supermercados e um mercado externo comprador, preocupado em evitar desabastecimento.

Quem representa esses compradores internacionais busca assegurar qualidade e biossegurança, mas também precisa garantir abastecimento para controlar a inflação e alimentar as famílias dos seus países. O setor se preparou ao longo dos últimos anos para lidar com esse tipo de cenário. Havia um esforço do serviço público e do setor privado em medidas preventivas, já pensando em como agir caso ocorresse um surto de gripe aviária no Brasil. Do ponto de vista comercial, não houve impacto imediato entre os associados da entidade. A indústria produtora e exportadora de frango continua com a expectativa que tinha. Sobre os efeitos indiretos da suspensão de exportações, alguns produtos da alimentação animal, que levam derivados da indústria avícola em sua composição, também foram afetados. Esses itens industrializados, que carregam insumos sujeitos a certificados sanitários internacionais, estão temporariamente proibidos de serem exportados. A retomada deve ocorrer no momento oportuno, quando tudo se resolver. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.