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27/May/2025

Boi: preços deverão seguir pressionados no físico

O recente viés de baixa dos preços no mercado físico do boi gordo tende a ter continuidade ao longo desta semana. Os frigoríficos tentarão manter a pressão sobre a referência diante de escalas ainda confortáveis e demanda interna fraca. A oferta de bois terminados permanece limitada, mas não o suficiente para impulsionar os preços no curto prazo. No entanto, a sustentação dos preços no atacado, impulsionada pela oferta estável de carne de frango, ao contrário do que se previa após a revelação de um caso de gripe aviária em uma granja comercial do Rio Grande do Sul, pode servir de amortecedor para quedas mais acentuadas no preço do boi gordo.

A atuação das indústrias e o comportamento da reposição no atacado seguirão como fatores fundamentais para a definição do ritmo e direção dos negócios. Em São Paulo, parte dos frigoríficos tem escalas de abate já compostas e atendendo, em média, a oito dias. A combinação de oferta limitada de bovinos prontos e escoamento lento da carne bovina mantêm os preços travados: o boi gordo é negociado a R$ 304,00 por arroba a prazo; a vaca gorda, a R$ 275,00 por arroba a prazo; a novilha gorda, a R$ 288,00 por arroba a prazo; e o “boi China”, a R$ 306,00 por arroba a prazo.

Apesar da estabilidade em São Paulo, outras regiões registram pressão baixista. Em Minas Gerais, o boi gordo está cotado a R$ 272,00 por arroba; em Goiás, a R$ 282,00 por arroba; em Mato Grosso, a R$ 298,00 por arroba); em Santa Catarina, a R$ 307,00 por arroba; e no Pará, a R$ 278,00 por arroba. Muitos frigoríficos continuam com as compras suspensas ou atuando apenas pontualmente, com foco no curtíssimo prazo, o que reforça o cenário de pressão sobre os preços. A média nacional é de R$ 287,40 por arroba.