27/May/2025
Segundo o Santander, o primeiro caso de gripe aviária em plantel comercial do Brasil, registrado em 16 de maio, representa risco negativo para Marfrig e JBS. Com restrições às importações do País, o banco estimou que 44% dos embarques brasileiros de frango devem ser afetados, atingindo 15,8% da produção nacional total. As exportações de frango representam aproximadamente 35% do Ebitda da Marfrig (incluindo a BRF) e 12% da JBS. Marfrig e Seara (JBS) respondem por mais de 50% das exportações brasileiras de frango, o que sugere risco negativo para suas estimativas caso as suspensões se mantenham.
Junto a isso, volumes desviados para o mercado interno podem saturar a oferta local, pressionando os preços domésticos. Desde o surto, os preços internos do frango caíram 2,5%. Caso um novo surto seja confirmado, países como Japão e Emirados Árabes podem estender as restrições de nível municipal para o Rio Grande do Sul todo. Nesse cenário, as suspensões totais de exportação poderiam chegar a 47% dos embarques de frango e 16,7% da produção. Os volumes suspensos poderiam alcançar 54% das exportações brasileiras e 19% da produção nacional caso as restrições se ampliassem para Santa Catarina.
O Estado, que também é um importante exportador de frango, tinha caso suspeito em análise. Contudo, o Ministério da Agricultura descartou nesta segunda-feira (26/05) um caso suspeito em uma granja comercial de Santa Catarina. Por fim, mercados dependentes de importação podem acelerar negociações. Iraque, África do Sul, Coreia do Sul, Chile e Filipinas dependem do Brasil para mais de 10% do consumo interno de frango. Com isso, esses países podem acelerar negociações para reverter ou reduzir o escopo dos embargos por preocupações com a segurança alimentar. Esses países impuseram restrições nacionais, e não regionais. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.