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23/May/2025

Frango: preço da carne deve se manter sustentado

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) afirmou que não há expectativa de pressão sobre os preços da carne de frango no mercado interno neste momento, mesmo que o País não possa exportar sua produção para diversos países, em função do foco de gripe aviária detectado em granja comercial no Rio Grande do Sul. Apesar de eventuais variações pontuais, o cenário atual ainda é de oferta ajustada. A oferta dos últimos dois meses foi menor do que a média do ano passado. Parte da produção já havia sido redirecionada ao mercado externo, que vinha aquecido. As exportações têm atuado como uma espécie de reserva de segurança para equilibrar o mercado, com um crescimento tanto em volume como em receita.

O setor soma US$ 3,49 bilhões em receita com exportação no acumulado do primeiro quadrimestre de 2025, um avanço de 15,5% em relação a igual intervalo do ano anterior. Em volume, o total embarcado nos quatro primeiros meses do ano chegou a 1,86 milhão de toneladas, 9,5% acima do registrado em 2024. Ou seja, uma parte do que ia para o mercado interno foi exportada. O setor deve conseguir escoar a produção sem impactos no consumo interno. A tendência é de manutenção do atual nível de oferta, que vai continuar ajustada. Não há superoferta. Ao contrário: os armazéns estavam vazios porque o setor aumentou 9,5% na exportação em volume.

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse não acreditar que a gripe aviária possa impactar o preço dos alimentos, assunto sensível relacionado à aprovação do governo federal. Ele ressaltou que vários países lidam com o problema da gripe aviária. O caso brasileiro está muito localizado, especificamente no Rio Grande do Sul e deve ser superado rapidamente, porque vírus tem tempo limitado.

Até o momento, há um caso confirmado de gripe aviária (influenza aviária de alta patogenicidade, H5N1) na granja comercial de Montenegro, em um matrizeiro de aves na Região Metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. No total, o País já registrou 164 casos da doença em animais silvestres no País (sendo 160 em aves silvestres e 4 em leões-marinhos), 3 focos em produção de subsistência, de criação doméstica, e 1 em produção comercial, somando 168 ao todo no Brasil. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.