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22/May/2025

Frango: países poderão rejeitar cargas do Brasil

Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), países como a China não aceitarão cargas de carne de frango do Brasil que já estavam em navios, a caminho do destino, em meio ao primeiro surto de gripe aviária no País. A rejeição das cargas pode variar de acordo com a data de embarque antes da confirmação do surto, variando de 14 a 28 dias, a critério dos serviços veterinários oficiais dos países de destino. A situação coloca as empresas de processamento de carne, incluindo a BRF e a JBS, em uma situação difícil, pois lidam com custos logísticos adicionais e incertezas relacionadas à extensão dos embargos comerciais em andamento, desencadeados pela emergência sanitária. O Brasil responde por 39% das exportações globais de carne de frango. A flexibilização das restrições para cargas em trânsito é uma possibilidade, principalmente se a carga vier de uma região distante do surto, registrado no Rio Grande do Sul. Mas, isso exigirá negociações.

México e Chile estão entre os países que também rejeitariam cargas, conforme os protocolos sanitários existentes relacionados a surtos de gripe aviária. Não é possível calcular perdas decorrentes das restrições à exportação em vigor após a confirmação do primeiro surto de gripe aviária em uma granja comercial brasileira. Isso ocorre porque o escopo e a duração das proibições comerciais podem variar de acordo com os protocolos sanitários e as negociações com os países importadores. A China, por exemplo, aplicou uma proibição nacional às importações de frango do Brasil por cerca de três semanas após um caso de doença de Newcastle, também detectado no Rio Grande do Sul, no ano passado. Posteriormente, a China restringiu o escopo da proibição a uma restrição estadual que permanece em vigor atualmente.

O governo brasileiro solicitou à China que restringisse o embargo à importação de frango relacionado à gripe aviária a produtos provenientes apenas da cidade de Montenegro. O Ministério da Agricultura confirmou um pedido feito no início deste mês à China para revisar os protocolos comerciais existentes, sugerindo a implementação de proibições regionais, em vez de nacionais, em caso de emergências sanitárias, embora tenha negado qualquer solicitação específica relacionada ao atual surto de gripe aviária. Ao contrário da China, outros grandes importadores, como Japão, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita, são menos rigorosos e aplicam proibições regionais sob os protocolos sanitários de emergência existentes. Cabe às empresas exportadoras lidarem com as cargas devolvidas. Elas também têm a possibilidade de redirecionar algumas remessas. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.