21/May/2025
O caso de gripe aviária (Influenza Aviária de Alta Patogenicidade, H5N1) identificado em uma granja comercial em Montenegro, no Rio Grande do Sul, afeta somente um fundo de investimento em cadeias agroindustriais (Fiagro) dentre os 48 listados na B3, de acordo com levantamento da plataforma Bloxs. Trata-se de um “impacto quase ínfimo” nessa indústria e não deve levantar preocupações entre os investidores sobre uma potencial crise. Dos fundos atualmente listados na B3 só um Fiagro tem exposição a um player do Rio Grande do Sul cujo negócio é atrelado à produção avícola.
Mesmo dentro desse Fiagro, o impacto é pequeno em relação ao patrimônio líquido dele. Dentro da indústria, o impacto é quase ínfimo. O levantamento da Bloxs mostra que o Fiagro em questão é o VGIA11, da Valora Investimentos. A exposição do VGIA11 a três papéis da Languiru representa um impacto de aproximadamente 14% no patrimônio líquido do fundo, que tem um total de R$ 912 milhões, conforme o relatório de gestão mais recente. A Languiru é uma cooperativa agrícola do Rio Grande do Sul atuando principalmente na produção de aves, suínos, gado, leite e derivados. Mesmo dentro dessa empresa, há outras linhas de receita.
Não há nenhum Fiagro com exposição a uma empresa cuja fonte mais significativa de receita seja em produção avícola no Rio Grande do Sul. E mesmo Fiagros com um CRA (certificado de recebíveis do agronegócio) da Minerva, por exemplo, que tenha uma pequena planta no Rio Grande do Sul com produção avícola, como há uma grande pulverização da cadeia logística, o impacto é zero. Os Fiagros pouco emprestam dinheiro para o setor de proteína animal (também chamado de livestock) por conta da volatilidade implícita. É mais fácil lidar com soja ou milho do que com um ser vivo, como é o caso do setor. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.