20/May/2025
No primeiro quadrimestre de 2025, foram embarcadas 300,6 mil cabeças de bovinos para o exterior. A exportação de gado em pé tem ganhado espaço e é uma das atividades complementares da pecuária nacional. Em 2024, a exportação foi recorde, com o embarque de 1 milhão de bovinos. Até então, o melhor desempenho havia sido em 2018, com 784,5 mil cabeças. No primeiro quadrimestre de 2025, foram embarcadas 300,6 mil cabeças, o maior volume foi registrado em março.
A exportação de bovinos apresentou uma forte recuperação pós impactos causados pela pandemia, que trouxeram entraves logísticos, como a elevação dos custos do frete marítimo, principal modal utilizado nesse tipo de exportação. O faturamento acompanhou essa retomada e foi um recorde em 2024. Em 2025, até abril, o Pará lidera a exportação e com folga. O Estado respondeu, por 64,8% dos embarques (o equivalente a 194,8 mil cabeças) e 62,8% do faturamento, somando US$ 179,9 milhões. Vale destacar que, neste ano, o Pará completou um ano como área livre de febre aftosa, resultado do fortalecimento dos protocolos sanitários. Com isso, a pecuária do Estado conquistou acesso a outros mercados. Na sequência temos:
Rio Grande do Sul, com 77,1 mil cabeças;
São Paulo, com 11,5 mil cabeças;
Tocantins, com 9,1 mil cabeças;
Paraná, com 3,2 mil cabeças;
Acre, com 1,5 mil cabeças;
Bahia, com 1,4 mil cabeças;
Goiás, com 939 cabeças;
Minas Gerais, com 665 cabeças;
Mato Grosso, com 205 cabeças.
Os dez maiores compradores do gado brasileiro neste primeiro quadrimestre foram: Turquia, com 30,4% das compras, Egito, com 29,4%, Marrocos com 13,6%, Líbano com 9,9%, Iraque com 8,6%, Arábia Saudita com 5,6%, Argélia com 3,9%, Jordânia com 1,6%, Gabão com 0,3%, e Nigéria, com 0,03%. Para 2025, as perspectivas indicam aumento no volume exportado. Segundo a União dos Pecuaristas Exportadores de Animais Vivos do Brasil, a estimativa é de que a exportação alcance 1,5 milhão de cabeças. Caso a estimativa se confirme, o volume projetado estará entre os maiores da história, representando uma outra via de retorno ao produtor e de opção à cadeia produtiva da pecuária brasileira. Fonte: Alcides Torres. Broadcast Agro.