19/May/2025
O mercado físico do boi gordo apresenta comportamento distinto entre as regiões. Em São Paulo, as cotações se mantêm estáveis. O boi gordo é negociado a R$ 313,00 por arroba a prazo; a vaca gorda, a R$ 277,00 por arroba a prazo; a novilha gorda, a R$ 295,00 por arroba a prazo; e o "boi China", a R$ 317,00 por arroba. As escalas de abate atendem, em média, a 8 dias úteis, sinalizando conforto para a indústria frigorífica, que também enfrenta um escoamento lento da carne no mercado interno, fator que desestimula novas compras no físico. Por outro lado, o cenário nas demais regiões do País é de queda nos preços.
Em Minas Gerais, o boi gordo está cotado entre R$ 282,00 e R$ 285,00 por arroba; em Tocantins, a R$ 282,00 por arroba; em Goiás, a R$ 287,00 por arroba; em Mato Grosso do Sul, entre R$ 300,00 e R$ 303,00 por arroba; em Mato Grosso, a R$ 304,00 por arroba; na Bahia, a R$ 277,00 por arroba; em Santa Catarina, a R$ 314,00 por arroba; e no Rio de Janeiro, a R$ 293,00 por arroba. Apesar de as exportações de carne bovina in natura terem tido um bom desempenho na primeira quinzena de maio, o consumo doméstico perdeu força.
A pressão de baixa se intensifica no atacado da carne bovina, que enfrenta dificuldades para manter os preços dos cortes com e sem osso. Além disso, o avanço do período seco reduz a capacidade de suporte das pastagens, forçando a oferta de bovinos, o que abre espaço para mais pressão baixista da indústria. Os recuos nos preços têm sido mais acentuados nas negociações com vacas. Com grandes frigoríficos abastecidos por contratos e produção própria, as indústrias de menor porte, que são mais dependentes do mercado físico, ganham espaço de barganha, pressionando os preços. Ainda assim, parte dos pecuaristas segue resistente a vender, apostando no fim das quedas das cotações.