19/May/2025
Santa Catarina elevou o nível de alerta para a avicultura comercial e intensificou as barreiras sanitárias nas divisas com o Rio Grande do Sul após a confirmação do primeiro foco de gripe aviária em granja comercial no Brasil. A medida busca impedir a entrada do vírus H5N1 no segundo maior Estado exportador de carne de frango do País, em resposta direta ao caso registrado em uma unidade de matrizes em Montenegro (RS), confirmado pelo Ministério da Agricultura. As autoridades determinaram o reforço imediato na fiscalização de cargas de aves e ovos férteis procedentes da região do foco, com inspeção documental e física nos Postos de Fiscalização Agropecuária. Propriedades que receberam aves oriundas do Rio Grande do Sul nos últimos 30 dias também serão alvo de vigilância intensificada. Técnicos estão orientados a manter avaliação criteriosa em casos suspeitos de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves (SRN).
Santa Catarina é o segundo maior exportador de carne de frango do Brasil, e isso se deve à implementação das normas de biosseguridade na avicultura e pelo trabalho da defesa sanitária, por meio da Cidasc. O Estado está vigilante e reforçando todas as medidas para impedir a entrada da doença em Santa Catarina. A Secretaria da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina e a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola (Cidasc) publicaram na sexta-feira (16/06) a Nota Técnica nº 001/2025, que detalha as orientações aos produtores e aos fiscais estaduais. O documento formaliza o pacote de ações emergenciais que visa proteger o status sanitário do estado. A Cidasc destacou a responsabilidade compartilhada com o setor produtivo. É importante avisar a Cidasc em caso de suspeita de doença nas aves ou de alta mortalidade, além de cuidar da biosseguridade da produção. Cuidados com a água, com a ração, com telas, calçados e roupas, além de não ter visitas nos aviários.
Além de proibir a entrada de pessoas estranhas nos aviários, o governo orienta os produtores a manterem as aves de subsistência em recintos telados, para evitar o contato com aves silvestres. As autoridades poderão adotar novas medidas a depender da evolução do cenário epidemiológico. As ações seguem a Portaria nº 795 do Ministério da Agricultura, que declarou estado de emergência zoossanitária no município de Montenegro (RS) por 60 dias. Este é o primeiro registro de H5N1 em sistema comercial no Brasil, embora desde 2023 o vírus já tenha sido identificado em aves silvestres. O alerta máximo em Santa Catarina ocorre no mesmo dia em que diferentes países anunciaram a suspensão temporária das compras de carne de frango do Brasil por 60 dias, conforme o protocolo sanitário. O Ministério da Agricultura tenta negociar a regionalização do embargo, de forma que a medida afete apenas o estado do foco, como já praticado por países como Japão, Emirados Árabes e Arábia Saudita. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.