16/May/2025
Os preços do boi gordo registram novo recuo, refletindo o aumento da oferta de bovinos prontos para abate e a maior cautela por parte dos frigoríficos. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 313,00 por arroba a prazo, a vaca gorda, a R$ 277,00 por arroba a prazo; a novilha gorda, a R$ 295,00 por arroba a prazo; e o boi China, a R$ 317,00 por arroba a prazo. A estabilidade observada no "boi China" indica que o prêmio pago por bovinos com padrão de exportação se mantém, mesmo diante da pressão nos preços gerais. O movimento baixista é resultado direto do fim da estação chuvosa, que compromete a capacidade de suporte das pastagens e leva os pecuaristas a aumentarem a oferta de bovinos para abate.
Ao mesmo tempo, os compradores seguem menos dispostos a elevar os preços, amparados por escalas de abate mais longas. As escalas atendem entre 9 e 14 dias, garantindo maior folga aos frigoríficos. Em Minas Gerais, o boi gordo está cotado a R$ 287,00 por arroba; em Goiás, entre R$ 288,00 e T$ 305,00 por arroba; em Mato Grosso do Sul, a R$ 302,00 por arroba; na Bahia, a R$ 281,00 por arroba; no Paraná, a R$ 310,00 por arroba; em Santa Catarina, a R$ 316,00 por arroba; no Acre, a R$ 247,00 por arroba; e no Espírito Santo, a R$ 278,00 por arroba. Os frigoríficos mantêm baixa atuação nos balcões, abastecidos por contratos e bovinos próprios, enquanto a oferta, especialmente de fêmeas, avança.
No mercado de reposição, apesar do bom volume de oferta e da boa liquidez nos leilões, os preços se mantêm estáveis, mas com variações de acordo com a qualidade dos bovinos. O preço do boi magro apresenta recuo, acompanhando a queda do milho, o que pode indicar menor disposição de confinadores a repor os estoques. Com a continuidade do aumento da oferta e o conforto das escalas de abate, o cenário aponta para manutenção da pressão sobre os preços, especialmente nas regiões com maior volume de fêmeas. A ausência de compras mais agressivas pelos frigoríficos e a falta de suporte no atacado dificultam qualquer reação imediata.