14/May/2025

O mercado físico do boi gordo está pressionado, com recuos generalizados nos preços nas principais regiões do País. Em São Paulo, o boi gordo registra baixa de R$ 3,00 por arroba, negociado a R$ 315,00 por arroba a prazo. A vaca gorda e a novilha gorda têm recuo de R$ 5,00 por arroba, a R$ 280,00 por arroba a prazo e a R$ 298,00 por arroba a prazo, respectivamente. O "boi China" está cotado a R$ 320,00 por arroba a prazo, mantendo um ágio de R$ 5,00 por arroba sobre o boi comum. O recuo ocorre após sete dias úteis de estabilidade em São Paulo e reflete o aumento na oferta de boiadas, aliado ao fraco escoamento da carne.

No entanto, os frigoríficos monitoram com atenção uma possível melhora nas vendas no atacado nesta semana, impulsionada por reposições no varejo após o Dia das Mães, o que pode suavizar as pressões negativas. Apesar da sinalização positiva pontual, o movimento de baixa é disseminado. Em Minas Gerais, o boi gordo está cotado entre R$ 285,00 e R$ 295,00 por arroba; em Goiás e em Tocantins, a R$ 290,00 por arroba; em Mato Grosso do Sul, a R$ 310,00 por arroba; na Bahia, a R$ 283,00 por arroba; no Espírito Santo, a R$ 280,00 por arroba; e no Rio de Janeiro, a R$ 300,00 por arroba.

Os frigoríficos contam com contratos programados e, com vendas ainda tímidas no atacado, seguem seletivos nas compras no mercado físico. Em São Paulo, no atacado, os preços estão pressionados. A carcaça casada do boi capão está cotada a R$ 21,90 por Kg; a carcaça da vaca, a R$ 19,40 por Kg; e a carcaça da novilha, a R$ 20,15 por Kg. Apesar da pressão interna, o mercado externo segue como um dos principais sustentáculos para o setor. A Secretária de Comércio Exterior (Secex) confirmou que a tendência de alta permanece: nas duas primeiras semanas de maio, os embarques diários cresceram 10,91% ante igual mês de 2024, e o preço médio subiu mais de 13%.