14/May/2025
O México intensificou as ações para conter a Cochliomyia hominivorax, conhecida como mosca-da-bicheira, mas precisa de mais apoio dos Estados Unidos, afirmou o Ministério da Agricultura do México. No domingo (11/05), o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) suspendeu as importações de gado vivo pela fronteira sul, após identificar a presença do parasita em áreas mexicanas a cerca de 1.100 Km da fronteira entre os países. O México contesta a decisão e espera sua reversão em até duas semanas. O México adota medidas de controle desde 2023, após a detecção no Panamá.
O primeiro caso no país foi identificado em novembro. Desde então, moscas esterilizadas produzidas em uma planta do USDA no Panamá vêm sendo liberadas no México; atualmente, cerca de 100 milhões por semana. Essas moscas, ao copularem com fêmeas férteis, impedem a reprodução da praga, que coloca ovos em animais vivos e cujas larvas perfuram a carne do hospedeiro. A secretária do USDA, Brooke Rollins, afirmou que os Estados Unidos estão comprometidos em retomar as importações de gado assim que houver uma intensificação das ações de vigilância e erradicação, e os resultados positivos dessas ações.
O México respondeu prontamente às exigências dos Estados Unidos e cobra, há meses, a reabertura de uma planta de produção de moscas esterilizadas no sul do México, sem retorno até agora. O USDA destacou que os Estados Unidos lideraram anteriormente a erradicação da mosca-da-bicheira em seu território e no México, mas isso "custou bilhões de dólares e levou décadas". A Confederação Nacional de Organizações Pecuárias do México defende a construção de uma planta no país e o fechamento da fronteira com a Guatemala. O trânsito de gado no sul está restrito, mas fechar a fronteira teria efeito no fornecimento de carne no país. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.