14/May/2025

Segundo o Insper Agro Global Crise na produção de frango, problemas na oferta de ovos e preços elevados da carne bovina nos Estados Unidos estão abrindo espaço para o avanço da carne brasileira no mercado internacional. O momento é favorável para as exportações do Brasil, especialmente nas vendas à China. Os Estados Unidos estão com uma crise interna. O frango foi muito afetado pela gripe aviária, a produção de ovos também foi comprometida, e os preços do boi gordo estão altos. Assim, o país não vai conseguir ganhar espaço no mercado neste momento. Isso beneficia o Brasil e isso já aparece nas estatísticas de exportação. O Brasil está preparado para responder a essa demanda crescente com uma pecuária mais intensiva e produtiva.

Uma das coisas que vai acontecer para expandir a produção é a eliminação progressiva da recria. O boi de quatro, cinco anos vai acabar de vez. Hoje, já se abate com menos de 30 meses, porque a China só compra esses bovinos. E com a intensificação dos arraçamentos, confinamentos e uso de subprodutos como o DDG de milho, o Brasil vai encurtar cada vez mais o ciclo e aumentar a produtividade. Mesmo em um ano de milho mais caro e com oferta reduzida de bezerros, o Brasil mantém capacidade de crescimento por meio da tecnologia. O Brasil e a América do Sul vão continuar líderes na pecuária de corte. A capacidade de expansão produtiva do País é enorme.

O processo de intensificação é desigual entre regiões e modelos de produção, o que deve manter a heterogeneidade do setor no médio prazo. A pecuária ainda é muito diversa. Vai haver uma consolidação, mas não tão rápida quanto em outros segmentos. Além da carne bovina, outro destaque é a evolução da carne suína brasileira no mercado chinês. O Brasil entrou no mercado de carne suína depois da crise da peste suína africana (PSA). Hoje, metade da carne suína brasileira exportada vai para a China. A instabilidade global reforça o papel do Brasil como fornecedor estratégico. O País tem recursos naturais, escala produtiva, tecnologia e previsibilidade. O mundo precisa disso cada vez mais. Quem entrega segurança alimentar, ganha espaço. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.