13/May/2025
O mercado físico do boi gordo apresenta preços pressionados e ritmo fraco de negócios, cenário que tende a se manter, ou até a se agravar. Com a tendência de desaceleração do consumo à medida que se aproxima a segunda quinzena do mês, os pecuaristas podem enfrentar maior pressão sobre os valores do boi gordo. A combinação de escalas alongadas, contratos preenchendo boa parte da demanda e oferta suficiente de carne bovina no atacado cria um ambiente favorável à continuidade do viés de baixa. A depender do comportamento da demanda do consumidor na sequência do Dia das Mães, não está descartada a possibilidade de novos recuos da arroba nas regiões que ainda sustentam preços.
Em São Paulo, o boi gordo segue cotado a R$ 318,00 por arroba a prazo; a vaca gorda, a R$ 285,00 por arroba a prazo; a novilha gorda, a R$ 302,00 por arroba a prazo e o "boi China", a R$ 323,00 por arroba a prazo. A indústria frigorífica já vinha operando com escalas confortáveis, atendendo em média a 11 dias, o que reduziu a necessidade de novas compras no físico. Em Goiás, o boi gordo está cotado a R$ 295,00 por arroba; em Mato Grosso do Sul, a R$ 313,00 por arroba; em Mato Grosso, entre R$ 310,00 e R$ 316,00 por arroba; em Tocantins, a R$ 290,00 por arroba; e no Rio de Janeiro, a R$ 300,00 por arroba. Grande parte das escalas tem sido preenchida via contratos a termo, o que esvazia ainda mais a demanda no mercado físico.
Mesmo regiões com pouca oferta de pasto ou de boi confinado acabam sendo influenciadas por esse comportamento mais travado dos grandes compradores. Em São Paulo, no atacado, a carcaça casada do boi está cotada a R$ 22,61 por Kg. Mesmo com cortes mais baratos no atacado da carne bovina, as vendas foram apenas razoáveis na semana passada. No varejo, houve impulso momentâneo nas compras, mas a expectativa é de desaceleração nesta semana. Isso dá suporte à estratégia dos frigoríficos, que continuam pressionando os preços da arroba, em linha com o padrão histórico de desvalorização no mês de maio.