24/Apr/2025
Apesar do aumento no custo do leite cru, a demanda enfraquecida na ponta final da cadeia segurou o movimento de valorização dos lácteos em março. Com isso, embora os preços tenham oscilado fortemente ao longo do mês, na média, a variação foi pequena. O leite UHT e o leite em pó fracionado (400g) negociados entre indústrias e atacado de São Paulo tiveram respectivas médias de R$ 4,42 por litro e R$ 31,47 por Kg, em março, leve alta de 0,4%, para ambos, frente ao mês anterior. Na comparação anual, o UHT se valorizou 2% e o leite em pó, 5,3%, em termos reais. Por outro lado, a muçarela apresentou queda de 0,8% de fevereiro para março, cotada à média de R$ 33,37 por Kg. No ano, o produto acumula valorização real de 11% (deflacionamento pelo IPCA de março).
Agentes indicam que o encarecimento do leite cru elevou os custos das indústrias na produção dos lácteos. No entanto, como os canais de distribuição enfrentaram dificuldades para repassar esses reajustes ao consumidor final, o escoamento ficou comprometido. Esse desempenho fraco na comercialização e o desequilíbrio entre custo e demanda pressionam a cadeia como um todo e podem frear, nos próximos meses, a valorização do leite ao produtor. Enquanto o preço médio do UHT fechou a 1ª quinzena de abril em estabilidade, a R$ 4,45 por litro, a muçarela se desvalorizou em 1,61%, para R$ 33,02 por Kg. A pressão dos canais de distribuição por cotações mais baixas e o enfraquecimento na absorção do consumidor continuam dificultando as negociações e reforçando as perspectivas de que o movimento de alta, no campo, pode não se sustentar até o encerramento de abril. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.