14/Apr/2025
A Hungria levantou a possibilidade de um “ataque biológico” como a causa do primeiro surto de febre aftosa no país em mais de meio século. A doença, detectada em uma fazenda de gado no noroeste, perto das fronteiras com a Áustria e a Eslováquia, desencadeou o fechamento de passagens de fronteira e o abate em massa de animais na região. A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) confirmou o caso. Até o dia 10 de abril, as autoridades veterinárias realizaram inspeções em cerca de mil propriedades em todo o país, com apenas quatro na área noroeste afetada apresentando resultados positivos para a doença.
O governo húngaro levantou suspeita de que o vírus não é de origem natural, mas projetado artificialmente e que não pode descartar que o surto viral seja resultado de um ataque biológico, embora não tenha fornecido detalhes sobre possíveis responsáveis. A suspeita se baseava em informações verbais de um laboratório estrangeiro, cujas descobertas ainda carecem de comprovação e documentação completa. A população bovina da Hungria, estimada em 861 mil cabeças em dezembro, representa 1,2% do total da União Europeia.
A febre aftosa, embora inofensiva para humanos, provoca febre e bolhas em animais ruminantes de casco fendido, como bovinos, suínos, ovinos e caprinos, e surtos geralmente resultam em restrições comerciais. Milhares de animais foram sacrificados na tentativa da Hungria de conter o surto. Áustria e Eslováquia reagiram fechando dezenas de passagens de fronteira após a detecção da doença também no sul da Eslováquia. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.