09/Apr/2025
Segundo dados do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT), compilados pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), o abate de vacas em Mato Grosso recuou 5,52% em março na comparação com igual mês do ano anterior, após 33 meses seguidos de alta. A mudança no comportamento dos pecuaristas, que passaram a reter as fêmeas para o período de monta, é interpretada como sinal de transição no ciclo pecuário, com foco crescente na produção de bezerros. A retenção de matrizes influencia a oferta de bovinos prontos para o abate, o que já se reflete nos preços.
Em março, o boi gordo subiu 44,87% em relação ao ano anterior, com alta de R$ 93,21 por arroba. A vaca gorda registrou valorização ainda maior, de 47,51%, o que representa acréscimo de R$ 88,87 por arroba. A menor oferta tende a manter a pressão altista sobre os preços nos próximos meses. Apesar do maior número de dias úteis em março na comparação com fevereiro, o volume total de bovinos abatidos em Mato Grosso caiu 2,25%, para 542,52 mil cabeças. Outro destaque foi a queda expressiva no envio de bovino para abate em outros Estados.
Em março, apenas 4,55 mil cabeças criadas em Mato Grosso foram destinadas a frigoríficos de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Rondônia, bem abaixo da média mensal de 14,25 mil cabeças registradas em 2024, que incluía também os Estados de Goiás e Paraná. O recuo nos embarques interestaduais é atribuído ao fortalecimento dos preços da arroba dentro de Mato Grosso, reduzindo a atratividade de vendas para fora do Estado e estimulando os abates locais. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.