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08/Apr/2025

Boi: preço firme com oferta restrita e boa demanda

O mercado físico do boi gordo apresenta preços firmes e tendência de alta em boa parte das regiões pecuárias. A valorização é puxada por uma combinação de oferta enxuta de bovinos terminados, demanda aquecida para exportação e expectativa de melhora no consumo interno com o início do mês. O cenário de firmeza dos preços no mercado físico é reforçado pelo recuou na oferta de bois terminados, que caiu em março, tanto em relação a fevereiro como ao igual mês de 2024.

A participação de fêmeas nos abates segue elevada, o que indica maior dificuldade de escalonar machos. A maior parte das negociações no físico tem saído no intervalo já praticado, mas com a elevação das mínimas. Alguns poucos lotes, referentes a bovinos diferenciados, avançam para além da máxima já praticada em algumas regiões. Do lado externo, os dados confirmam o bom momento dos frigoríficos brasileiros, com avanço nas exportações.

Em São Paulo, os preços estão firmes, com oferta limitada e baixa demanda dos frigoríficos. O boi gordo está cotado a R$ 320,00 por arroba a prazo; a vaca gorda, a R$ 288,00 por arroba a prazo; a novilha gorda, a R$ 305,00 por arroba a prazo; e o "boi China", a R$ 323,00 por arroba a prazo. Em Minas Gerais, o boi gordo está cotado entre R$ 290,00 e R$ 302,00 por arroba; em Goiás, entre R$ 307,00 e R$ 308,00 por arroba; na Bahia, entre R$ 275,00 e R$ 277,00 por arroba; no Paraná, a R$ 316,00 por arroba; no Tocantins, a R$ 292,00 por arroba; e no Rio de Janeiro, a R$ 297,00 por arroba.

Em São Paulo, no atacado, a oferta de carne com osso está menor, impulsionando os preços, ainda que as vendas estejam de lentas a razoáveis. No mercado de carne sem osso, os cortes do dianteiro se destacam com valorização generalizada, enquanto os do traseiro apresentaram desempenho mais fraco. Com a oferta ainda contida e o escoamento externo em alta, a expectativa é de continuidade no viés de alta ou, ao menos, manutenção dos preços atuais. O recebimento dos salários deve ajudar a sustentar a demanda doméstica no curto prazo, o que reforça o cenário de firmeza.