04/Apr/2025
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) afirmou que as novas tarifas impostas pelos Estados Unidos aos produtos do País não devem ter um impacto severo sobre as exportações brasileiras de carne suína e tilápia aos norte-americanos. Apesar da alíquota de 10% aplicada aos produtos nacionais, concorrentes como a Europa e a China foram mais afetados. As exportações de suíno para os Estados Unidos foram, no ano passado, de 29 mil a 30 mil toneladas, quase US$ 70 milhões. Antes isentos, os embarques agora terão a nova taxa, mas os principais concorrentes estão em situação ainda mais desvantajosa.
A Europa, por exemplo, que exportava para os Estados Unidos, tem tarifa de 20%. No caso da tilápia, principal carne de peixe exportado pelo Brasil para os Estados Unidos, a taxa de 10% também não deve tornar inviáveis os negócios. Os Estados Unidos são o maior destino da tilápia brasileira. No ano passado, exportou 11 mil toneladas, o que representou US$ 50 milhões. Agora, a tarifa passa a ser 10%, mas concorrentes como o Vietnã e a China enfrentam taxas ainda mais altas, de 34%. Há possibilidade de reajustes nos preços globais de alimentos diante da nova política tarifária dos Estados Unidos.
Pode acontecer de um importador repassar integralmente a tarifa ao consumidor, encarecendo o produto. Mas também pode haver um ajuste na margem de lucro para manter competitividade. São variáveis de mercado que ainda precisam ser acompanhadas. O governo brasileiro já se manifestou contra as tarifas e mantém diálogo com autoridades norte-americanas. Alimentos não deveriam ter barreiras tarifárias. O comércio de alimentos deve ser o mais livre possível para combater a fome no mundo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.