02/Apr/2025
O início de abril deve testar o recente movimento de recuperação dos preços no mercado físico do boi gordo. Sazonalmente, o começo do mês tende a impulsionar o escoamento da carne bovina devido ao pagamento de salários. Em março, a cotação de referência registrou alta, impulsionada tanto pela demanda aquecida no mercado externo quanto pela menor oferta de bovinos terminados, especialmente vacas. Além da demanda, o clima pode ser um fator determinante para o comportamento dos preços neste mês. Tradicionalmente, o período é marcado pelo tempo seco, o que pode aumentar a oferta de gado a pasto.
Caso o consumo de carne bovina não acompanhe esse movimento, os preços no físico podem sofrer pressão baixista. Em São Paulo, os preços permanecem firmes. O boi gordo está cotado a R$ 317,00 por arroba a prazo; a vaca gorda, a R$ 284,00 por arroba a prazo, a novilha gorda, a R$ 297,00 por arroba a prazo; e o "boi China", a R$ 320,00 por arroba a prazo. Em março, o boi gordo acumulou alta de R$ 5,00 por arroba, mas ainda está R$ 3,00 por arroba abaixo dos R$ 320,00 por arroba pagos no fim de 2024. No Espírito Santo, o boi gordo está cotado a R$ 277,00 por arroba; em Mato Grosso e Mato Gross do Sul, entre R$ 310,00 e R$ 312,00 por arroba.
Na maior parte das regiões, as cotações permanecem estáveis. Em São Paulo, no atacado, os preços registram alta. O movimento é influenciado pela menor oferta de bovinos e de carne, apesar da demanda ainda lenta. A cotação da carcaça casada de boi capão tem alta de 1,2% nos últimos sete dias, para R$ 21,35 por Kg. Para o boi inteiro, o avanço é de 3,9% no período, para R$ 19,85 por Kg. Nos últimos sete dias, a carcaça casada das fêmeas registra alta de 2,7% para a vaca, cotada a R$ 19,25 por Kg, e de 2,8% para a novilha, negociada a R$ 20,00 por Kg.