27/Mar/2025
Tem sido grande o aumento do abate de novilhas. Na média nacional, o crescimento de 2023 para 2024 foi de 25,5%; de 2022 para 2023, havia sido de 34,5% e, no ciclo anterior, de 20%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em Mato Grosso, Estado com o maior rebanho, o salto no número de abate de novilhas chegou a 43% no ano passado. Mesmo com o volume dessa categoria aumentando, a “demanda China” por bovinos jovens tem favorecido os seus preços. A diferença negativa (deságio) em relação ao preço do boi gordo tem diminuído nos últimos anos. No estado de São Paulo, por exemplo, a diferença média entre os preços de fêmeas (vacas e novilhas) e do boi gordo em 2022 era de quase R$ 24,00 por arroba.
Em 2024, esteve na casa dos R$ 19,00 por arroba e, em 2025, está abaixo de R$ 18,00 por arroba. Na média Brasil, as novilhas representam cerca de 13,5% de todos os abates no ano passado. Ao serem consideradas novilhas e vacas, o grupo respondeu por quase 43% dos abates. Importante notar que foi o segundo ano consecutivo em que o número de novilhas abatidas aumentou em cerca de 1 milhão no comparativo com o ano anterior. De 2022 para 2023 e novamente de 2023 para 2024. No agregado fêmeas, cerca de 2,8 milhões de potenciais matrizes foram tiradas do rebanho brasileiro em 2024 e outras 2,9 milhões no ano anterior. O segmento de cria vem tendo ganhos importantes de produtividade, mas a intensidade dos abates de fêmeas vai se refletir, em alguma medida, na produção de curto prazo.
Analisando-se os principais Estados produtores e confinadores, a evolução dos números de Mato Grosso chamam muito a atenção. No Estado, o abate total cresceu 26% em 2023 e 19% em 2024, saindo de cerca de 4,7 milhões de bovinos em 2022 para 7,09 milhões em 2024. Nestes dois anos, o aumento do abate de fêmeas (vaca e novilha) foi ainda maior, de 44% em 2023 e de 24% em 2024. A categoria novilho impressiona ainda mais: os abates no Estado saem de aproximadamente 19,5 mil em 2023 para 177,45 mil em 2024. No estado de São Paulo, segundo maior confinador, as fêmeas tiveram participação de apenas 30% no total abatido em 2024. Novilhas, especificamente, foram 13,3% dos abates paulistas. Mas, também nesse Estado, o abate de novilha vem crescendo: aumentou 25% em 2023 e 17,6% em 2024, em comparação como o ano anterior.
Em Minas Gerais, a categoria novilha saltou 80% em 2024 e a de vacas, 43%. Com isso, fêmeas passaram a representar 35,6% do abate estadual. Em Goiás, a participação das novilhas se elevou em 13,4% no último ano; a de vacas, 6,5%. Juntas, foram quase 43% dos abates de Goiás. Em Mato Grosso do Sul, o número de novilhas abatidas foi 16,5% maior em 2024; o de vacas aumentou apenas 0,5% e as fêmeas preencheram 45,5% das escalas no ano passado. Quanto ao peso, na média Brasil, as novilhas se mantiveram estáveis e novilhos tiveram aumento de 1,6%, ao passo que vacas e bois, numa grande nacional, pesaram 2% a menos. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.