20/Mar/2025
O setor suinícola nacional está atento e preocupado com os seguidos aumentos nos preços do milho, que é um dos principais insumos da atividade. Apenas na parcial deste ano, o Indicador ESALQ/BM&F (Campinas - SP) já subiu significativos 24%. Nesta semana, o valor médio do cereal em Campinas atingiu a casa dos R$ 90,00 por saca de 60 Kg, patamar nominal que não era verificado desde abril de 2022. O impulso aos valores vem dos baixos estoques de milho e da demanda aquecida.
De fato, dados divulgados neste mês pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indicam que os estoques iniciais da temporada 2024/2025 são de apenas 2,04 milhões de toneladas, inferior às 2,1 milhões de toneladas apontadas em fevereiro/2025 e bem abaixo das 7,2 milhões de toneladas da safra 2023/2024. O atual estoque representa apenas 2,4% do consumo anual do milho pelo mercado interno, que, por sua vez, está estimado pela Conab em 86,97 milhões de toneladas em 2024/2025.
Levando-se em consideração o suíno vivo negociado na região produtora de São Paulo (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba) e o milho comercializado no mercado de lotes da região de Campinas (SP), o suinocultor consegue comprar 5,62 Kg do cereal com a venda de 1 Kg de suíno vivo, queda de 5,9% no volume de milho que podia ser adquirido na semana passada. O milho é negociado em Campinas à média de R$ 90,23 por saca de 60 Kg, alta de 1,4% nos últimos sete dias.
Para o farelo de soja, a venda de 1 Kg de suíno vivo permite a compra de 4,45 Kg do derivado, 4,9% a menos nos últimos sete dias. Os preços do farelo de soja estão firmes, sustentados pela demanda aquecida. O farelo de soja é comercializado à média de R$ 1.903,19 por tonelada, leve aumento de 0,3% nos últimos sete dias. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.