19/Mar/2025

A China renovou os registros que permitem que centenas de empresas de carne suína e de aves dos Estados Unidos exportem para a China, depois que o fim de habilitações anteriores ameaçou as remessas para o maior importador de carne do mundo. Os registros foram renovados até 2030, mas os de centenas de instalações de carne bovina dos Estados Unidos continuam listados como “vencidos”. As renovações para frango e carne suína são um alívio para os criadores e empresas de carne dos Estados Unidos, que agora, sob o governo do presidente Donald Trump, enfrentam disputas comerciais com grandes importadores, incluindo China e Canadá.

Os despachos já efetivados continuaram a passar pela alfândega apesar dos registros vencidos, mas os exportadores dos Estados Unidos não tinham certeza por quanto tempo isso duraria. Os registros de mais de 1.000 plantas de carne dos Estados Unidos concedidas pela China sob o acordo comercial “Fase 1” de 2020 expiraram no dia 16 de março. Isso correspondeu a cerca de dois terços de todos os registrados. O acordo comercial encerrou a guerra comercial anterior entre Estados Unidos e China com uma promessa chinesa de aumentar suas compras de bens e serviços norte-americanos, incluindo carne, em US$ 200 bilhões ao longo de dois anos. A China não atingiu a meta, que foi acordada pouco antes da pandemia de Covid-19.

A Federação dos Exportadores de Carnes dos Estados Unidos está aliviada em ver a solução para as carnes suína e de frango, e espera notícias semelhantes sobre carne bovina o mais rápido possível. A não renovação das habilitações para exportadores de carne bovina ocorre em meio à tentativa do governo chinês de controlar as importações do produto por enfrentar um mercado com excesso de oferta. A China impôs tarifas retaliatórias sobre cerca de US$ 21 bilhões em produtos agrícolas dos Estados Unidos neste mês, incluindo impostos de 10% sobre carne suína, bovina e laticínios. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.