18/Mar/2025
Agentes de fronteira dos Estados Unidos enfrentam um aumento significativo nas apreensões de ovos contrabandeados, com um avanço de 36% no número de interceptações neste ano fiscal, comparado com o ano passado. Isso tem ocorrido principalmente por causa do alto preço dos ovos nos Estados Unidos, que atingiu um recorde de US$ 5,90 por dúzia, impulsionado por um surto de gripe aviária. No ano passado, o valor chegava a US$ 3,00 por dúzia, segundo dados do Departamento do Trabalho. Em comparação, os ovos no México são vendidos por menos de US$ 2,00 por dúzia.
De acordo com a Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos (CBP), viajantes estão comprando ovos mais baratos no México e tentando trazê-los para os Estados Unidos, apesar da proibição, já que ovos não inspecionados podem espalhar doenças. Nas regiões da fronteira do Texas, o aumento foi ainda mais acentuado, chegando a 54%. Em algumas cidades, como San Diego, os números mais que dobraram. As penalidades para o contrabando incluem multas de até US$ 300,00 além da eliminação dos ovos apreendidos.
Recentemente, o Departamento de Justiça iniciou investigações sobre a alta nos preços, considerando possíveis práticas anticoncorrenciais entre produtores. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou que investirá até US$ 1 bilhão para ajudar a reduzir os custos dos ovos, com foco em aumentar a segurança biológica nas fazendas e na possível ampliação das importações de ovos inspecionados de outros países. Enquanto isso, a Turquia começou a exportar cerca de 16 mil toneladas de ovos para os Estados Unidos para ajudar a aliviar a escassez.
Além disso, os Estados Unidos entraram em contato com a Dinamarca e outros países europeus para checar a disponibilidade de ovos para exportação, num esforço para reduzir os preços do produto no país. O pedido do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) ocorre num momento em que o governo de Donald Trump impõe tarifas a vários países, e ameaça com mais sanções. Além disso, Donald Trump já ameaçou impor sanções econômicas caso a Dinamarca não ceda o controle da Groenlândia aos Estados Unidos. Fontes: Broadcast Agro e Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.