07/Mar/2025

A competitividade da carne suína caiu em fevereiro frente às principais concorrentes (bovina e de frango). Em São Paulo, no atacado, os preços das carnes suína e de frango registraram altas em fevereiro, mas o avanço das cotações da proteína suinícola foi mais intenso. No sentido oposto, a carcaça bovina se desvalorizou em fevereiro. A carcaça especial suína se valorizou 10,8% de janeiro para fevereiro, negociada a R$ 13,20 por Kg, em média, no último mês. Nem mesmo a forte redução no valor dos produtos suinícolas na última semana de fevereiro, decorrente da menor demanda, impediu o avanço do preço médio pago pela carne suína.

No mercado da carne bovina, os frigoríficos exerceram pressão sobre as cotações do boi gordo. Observando a redução da diferença entre o preço da carne nos mercados doméstico e externo e o do boi gordo, esses compradores forçaram negócios a valores menores em todo o País. Essa estratégia encontrou respaldo na maior oferta de vacas. Além disso, em alguns confinamentos, o número atual de bovinos foi maior do que há um ano. Em São Paulo, no atacado, o valor da carcaça casada bovina teve média de R$ 22,31 por Kg em fevereiro, queda de 3,8% em relação ao valor de janeiro. Para a carne de frango, o típico aumento da demanda em início do mês (com o recebimento dos salários) e a oferta mais limitada elevaram as médias mensais, e o maior patamar de preço das primeiras semanas de fevereiro se sustentou no encerramento do período.

Assim, o frango inteiro resfriado foi negociado à média de R$ 8,43 por Kg em fevereiro, leve alta de 0,4% sobre a de janeiro. Diante disso, em fevereiro, o preço da carcaça especial suína superou em R$ 4,76 por Kg a média de negociação do frango inteiro, representando incremento de 35,7% em relação à diferença de janeiro. A diferença entre as carcaças casada bovina e especial suína, por sua vez, foi de R$ 9,11 por Kg, retração de 19,2% sobre a do mês anterior. Vale ressaltar que, com o preço médio se aproximando da carne bovina e se distanciando da carne de frango, a competitividade da carne suína diminuiu em fevereiro. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.