26/Feb/2025
Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a Influenza Aviária que atinge plantéis em diversos países tem resultado no aumento da demanda por carne de frango brasileira. Embora a projeção de crescimento das exportações da proteína de frango em 2025 seja de 1,9%, para 5,4 milhões de toneladas, já em janeiro os embarques apresentaram crescimento de 10%. Em receita, o avanço foi de 20,9%, para US$ 753,66 milhões. As exportações têm sido impulsionadas pelo aumento da demanda da China, da União Europeia e das Filipinas. O ritmo de embarques deve continuar forte, tendo em vista que a média diária nos primeiros 15 dias úteis de fevereiro atingiu 23.728 toneladas, volume 22,33% acima das 19.396 toneladas de fevereiro de 2024.
Com base nas parciais semanais, há projeção de embarques acima de 450 mil toneladas. Em fevereiro do ano passado, as exportações de carne de aves in natura totalizaram 368,53 mil toneladas. No mercado interno, o setor segue em equilíbrio, impulsionado pela alta demanda do produto, que tem influenciado positivamente o consumo de carne de frango. A produção nacional de carne de frango deve alcançar até 15,3 milhões de toneladas em 2025, alta de 2,7% em relação a 2024. A disponibilidade interna está projetada em 9,9 milhões de toneladas, crescimento de 2,1%. O consumo per capita, por sua vez, deve ser de 46 quilos, aumento de 2%. Em relação aos custos de produção, o cenário segue positivo, em especial no caso do farelo de soja.
Com estoques mundiais elevados e a projeção de uma colheita histórica acima de 170 milhões de toneladas no Brasil, o complexo soja deve ajudar a equilibrar os custos de produção do setor. O setor de proteína animal não prevê problemas no acesso aos insumos este ano. Sob este aspecto, dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) preveem que o estoque de passagem de milho para o ano deve ser superior ao registrado em 2024. Diversas consultorias têm indicado que produção total deve ultrapassar 130 milhões de toneladas, favorecendo a previsibilidade no custo da ração. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.