26/Feb/2025
O mercado de carne suína na China, maior consumidor mundial do produto, enfrenta um momento de incerteza e desafios. Segundo a Academia Chinesa de Ciências Agrícolas, o consumo de carne suína no país atingiu seu limite e não há espaço para crescimento no futuro próximo. O aumento da demanda chinesa por carne suína nos últimos anos impulsionou a expansão e modernização das granjas de suínos no país. No entanto, o enfraquecimento da economia e outros fatores levaram a uma queda no consumo, criando um excedente de produção que derrubou os preços.
As importações de carne suína pela China devem cair ainda mais em 2025, após a redução de 15,7% registrada em 2024. Essa queda nas importações afeta diretamente os principais exportadores globais, como Brasil, Estados Unidos e União Europeia. Diante desse cenário, as empresas chinesas devem concentrar seus esforços na redução de custos e na melhoria da eficiência, em vez de expandir a capacidade de produção. Um aumento no número de matrizes reprodutoras em 2025 pode pressionar ainda mais os preços dos suínos. O governo chinês vem adotando medidas para controlar a produção de carne suína, como a redução da meta nacional de retenção de matrizes reprodutoras e a emissão de regulamentações para o abate de suínos.
No documento nº 1, divulgado no dia 23 de fevereiro, o Conselho de Estado reforçou a necessidade de regular a capacidade de produção de carne suína. As previsões apontam para um cenário desafiador para o setor de carne suína na China e no mundo. A queda nas importações e nos preços deve impactar a produção global e exigir adaptação por parte dos produtores. A indústria precisa se preparar para um período de ajuste, buscando maior eficiência e competitividade para enfrentar os desafios do mercado. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.