24/Feb/2025
Os custos de produção da pecuária leiteira subiram em janeiro pelo quinto mês consecutivo. Cálculos mostram que o Custo Operacional Efetivo (COE) teve avanço de 0,81% de dezembro/2024 para janeiro/2025, considerando-se a “Média Brasil” (Bahia, Goiás, Minas Gerais, Santa Catarina, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul). Os desembolsos com a dieta do rebanho continuam sendo o principal fator que influencia o movimento altista. Em janeiro, o milho apresentou valorização de 1,71%, enquanto a soja se desvalorizou 4,64%. Apesar dessas oscilações nos preços da matéria-prima, os estoques adquiridos durante o segundo semestre de 2024 seguem refletindo sobre os preços de balcão. Neste cenário, as cotações para o grupo de concentrados subiram 0,38% na “Média Brasil” no período.
Além disso, insumos para a suplementação mineral apresentaram seu oitavo mês consecutivo de alta, subindo 0,29% de dezembro/2024 para janeiro/2025. Mesmo diante da desvalorização do dólar em janeiro, os preços no balcão das casas agropecuárias ainda refletem os repasses realizados pela indústria. Além disso, a alta nos preços externas das matérias-primas e os custos com frete impactam na precificação e, portanto, no valor pago pelo produtor. Para adubos e corretivos, houve queda de 1,27% na “Média Brasil”, o que pode estar atrelado ao fato de o mês de janeiro ter menor fluxo de compra de insumos dessa categoria. Assim, as casas agropecuárias tendem a realizar melhores condições de venda, no intuito de escoar estoques. As cotações para categoria de defensivos agrícolas também caíram na “Média Brasil” (-1,87%). Os custos com operações mecanizadas subiram 0,48%, reflexo do aumento nos preços do diesel em janeiro.
No acumulado do ano passado, a elevação nos gastos com operações mecânicas foi de 4,81%, o que, por sua vez, pode implicar em um custo maior para o produtor neste período de colheita de safra e, portanto, influenciar diretamente os custos de produção de silagem. Entre os produtos para o manejo sanitário do rebanho, houve aumento de 0,20% para antibióticos e 0,73% para vacinas. Já os produtos voltados ao controle parasitário e antimastíticos se mantiveram estáveis. O preço médio do milho em dezembro/2024 foi de R$ 74,17 por saca de 60 Kg, elevação de 0,67% em relação ao mês anterior. No mesmo período, o leite se desvalorizou 2,16%. Assim, foram necessários 28,74 litros de leite para adquirir 1 saca de 60 Kg de milho no período, com a relação de troca voltando a ficar acima da média dos últimos 12 meses (25,2 litros/saca). Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.