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20/Feb/2025

Boi: preços estão pressionados no mercado físico

O momento é de pressão dos frigoríficos sobre as cotações do boi gordo no mercado físico. Vendo a diminuição da diferença entre o preço da carne, nos mercados doméstico e externo, e o do boi gordo, esses compradores têm forçado negócios a valores menores em todo o País. Essa estratégia encontra respaldo na oferta especialmente de vacas que não emprenharam e já ganharam algum peso desde o retorno das chuvas. Em parte dos confinamentos, o número atual de bovinos é maior que há um ano.

Nesse contexto, muitos compradores têm relatado maior facilidade para o preenchimento das escalas, nem sempre longas. Há casos em que o frigorífico prefere sair da compra e aguardar a evolução do mercado, sem alongar as escalas que, na maioria dos casos, é de pelo menos uma semana. Dados mostram que a diferença entre o preço da carne no atacado de São Paulo e o preço médio do boi gordo no Estado teve sua máxima recente em dezembro/2024, com vantagem de R$ 2,15 por Kg para a carne.

Em janeiro/2025, baixou para R$ 1,57 por Kg e, na parcial de fevereiro, está em R$ 0,96 por Kg. O mesmo comportamento é visto para a carne in natura exportada. A diferença de R$ 8,83 por Kg de dezembro/2024 foi de R$ 8,58 por Kg em janeiro e, nas duas primeiras semanas de fevereiro, se limitou a R$ 6,99 por Kg. Com a forte queda do câmbio, traders comentam que os exportadores brasileiros já estão reajustando seus preços de venda, mas com resistência dos compradores. Entre as regiões, as quedas mais acentuadas no preço do boi gordo nesta parcial de fevereiro têm sido no centro-sul da Bahia (6,6%), em Presidente Prudente - SP (3,4%) e em Cuiabá - MT (3,3%).

Nos últimos sete dias, especificamente, o boi gordo apresenta desvalorização de 2,2% em Cuiabá (MT). Em Colíder (MT), a queda chega a 3,7%. Em Barra do Garças (MT), a baixa também é forte, de 3%. Em Rondônia, o boi gordo registra recuo de 1,8% e no Pará, de 1,7%. Em São Paulo, regiões como Araçatuba e Presidente Prudente apresentam queda de 1,9% e de 2,3%, respectivamente. Em Goiás, nas regiões de Goiânia, Rio Verde e Campo Grande, o recuo fica ao redor de 0,5%. No Rio Grande do Sul, o movimento tem sido de elevação, com o acumulado de 1,4% nos últimos sete dias. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.