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20/Feb/2025

Ovos: EUA planejando medidas contra gripe aviária

Com a disparada dos preços dos ovos nos Estados Unidos, a administração de Donald Trump planeja uma nova estratégia para combater a gripe aviária. O governo buscará "melhores maneiras, com segurança biológica e medicamentos”, em vez da prática atual de eliminar todas as aves de uma fazenda quando uma infecção é detectada. Mais detalhes serão divulgados nesta semana. Normalmente, quando galinhas ou perus começam a morrer pela doença, os oficiais "despopulam", ou seja, eliminam todas as aves da fazenda para impedir a propagação do vírus. Contudo, o abate de milhões de aves por mês fez com que os preços dos ovos disparassem, com escassez que levou alguns varejistas ao racionamento das vendas. O preço médio de uma dúzia de ovos de Classe A nas cidades dos Estados Unidos chegou a US$ 4,95 em janeiro, e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) prevê que subirá mais 20% neste ano.

A indústria avícola tem resistido à vacinação de planteis contra a gripe aviária por causa dos possíveis efeitos nos mercados de exportação, bem como ao custo. A maioria dos parceiros comerciais dos Estados Unidos não aceita exportações de países que permitem vacinas, com preocupações de que possam mascarar a presença do vírus. O National Chicken Council, que representa a indústria de frangos, afirmou que apoiará o governo e seus objetivos de reduzir a inflação dos alimentos e cortar a burocracia regulatória. Mas, os produtores precisam de "proteção robusta ao comércio" para garantir que não percam mercados. Líderes do Congressional Chicken Caucus afirmaram em carta para o USDA que, embora a indústria de ovos tenha perdido a maior parte das aves, a indústria de frangos de corte pode acabar arcando com uma parte desproporcional dos custos de qualquer mudança na política.

De acordo com dados do USDA, 77,5% das cerca de 159 milhões de aves comerciais perdidas para a gripe aviária desde fevereiro de 2022 foram galinhas poedeiras, ou mais de 123 milhões. Isso em comparação com 13,7 milhões de frangos para abate, ou 8,6%, e 18,7 milhões de perus, cerca de 11,8%. Entre outras barreiras, há dificuldade logística em vacinar até 3 milhões de aves ou mais em uma única fazenda de ovos, uma vez que as vacinas atuais são injetáveis. Vacinas que possam ser administradas economicamente por meio do fornecimento de água exigiriam inovações, mas, sem um mercado, não há incentivo para desenvolvê-las, segundo a Universidade de Minnesota. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.