18/Feb/2025

Os preços da arroba do boi gordo seguem pressionados no mercado físico. Com escalas de abate confortáveis, os frigoríficos reduzem a demanda por novos lotes, o que leva pecuaristas a aceitarem ofertas abaixo da referência. Nos últimos dias, a oferta de animais terminados se mantém em níveis elevados. No entanto, o ritmo lento do escoamento da carne bovina, especialmente no mercado interno, leva a indústria a reduzir o volume de compras. Como resultado, o preço da arroba no mercado físico está em queda. O preço bruto e a prazo da arroba do boi gordo recua R$ 2, para R$ 320.

A arroba da vaca permanece em R$ 290, enquanto a da novilha segue em R$ 310 e a do boi destinado à exportação em R$ 325. Além das praças paulistas, os preços recuam em outras 11 regiões pecuárias. A arroba é negociada a R$ 305 no Triângulo Mineiro; R$ 290 em Belo Horizonte; R$ 295 em Goiânia; R$ 297 no sul de Goiás; R$ 300 em Três Lagoas (MS); R$ 285 no oeste da Bahia; R$ 315 no sudoeste e sudeste de Mato Grosso; R$ 317 em Cuiabá; R$ 325 em Santa Catarina e R$ 285 no sul do Tocantins. As escalas de abate estão, em média, preenchidas para nove dias no Brasil e dez dias em São Paulo.

Nas próximas semanas, o mercado exportador pode ser determinante para os preços no físico. Em janeiro, os embarques de carne bovina crescem 5% em relação a igual mês de 2024, totalizando 246.762 toneladas. O preço médio da tonelada também sobe, de US$ 3.955 para US$ 4.196. O desempenho poderia ter sido ainda melhor, não fosse a desaceleração das compras chinesas, que caem de 97.056 toneladas para 91.185 toneladas. Com a celebração do Ano Novo Lunar encerrada, uma retomada das importações chinesas pode contribuir para melhorar o escoamento da proteína e dar suporte aos preços no físico.

Fonte: Cogo Inteligência em Agronegócio.