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18/Feb/2025

Boi: alta do custo de reposição pressiona margens

As margens dos pecuaristas devem enfrentar pressão adicional em virtude do aumento dos custos de reposição dos animais. O valor da arroba do boi gordo recuou nos dois primeiros meses do ano, enquanto o custo do bezerro subiu, mostram dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. No acumulado de 2025, a cotação da arroba caiu 0,5%, de R$ 321,55 para R$ 320,05. Já o preço do bezerro aumentou de R$ 2.643,25 para R$ 2.679,33, uma alta de 1,36%. Essa tendência deve se consolidar nos próximos dias, já que o valor do bezerro vem subindo desde 17 de janeiro, quando estava em R$ 2.620,50.

O preço do boi gordo faz caminho inverso: está em queda desde que atingiu R$ 327,15 em 22 de janeiro. A tendência é de que a cotação dos bovinos para a reposição do rebanho suba. A alta é provocada pela redução da oferta. A alta dos preços do bezerro já é perceptível nos confinamentos. O estoque de bois no confinamento ainda vinha com reposição mais barata, aumentando a lucratividade. Mas agora, a reposição será comprada a preços mais altos. Assim, os produtores que não conseguiram antecipar suas compras, ou não previram a escalada dos preços da reposição, terão de pagar mais.

Quem premeditou o breque e comprou no momento certo está em melhor situação do que quem não pôde comprar ou não previu essa mudança de cenário. Ao longo de 2025, a margem do produtor será diretamente influenciada pelo momento da compra da reposição, mesmo que haja expectativa de alta dos preços da arroba do boi gordo, especialmente no segundo semestre. Se ele vem ao mercado sem estoque e precisa comprar reposição já ajustada ao preço de venda, sua margem diminui. Isso também tem impacto da baixa causada pelo ciclo pecuário. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.