13/Feb/2025
Depois de as exportações brasileiras de carne suína (in natura e processados) terem se enfraquecido em janeiro frente ao mês anterior, os embarques estão intensos neste começo de fevereiro. Esse cenário vem enxugando a disponibilidade da proteína no mercado doméstico e, consequentemente, resultando em avanço nos preços internos negociados em todas as regiões. A demanda interna aquecida reforça o movimento de alta nos preços domésticos. De acordo com os dados da Secretaria de Comercio Exterior (Secex), em janeiro, o Brasil exportou 104,6 mil toneladas da proteína brasileira, volume 3% abaixo do observado em dezembro/24, mas 6,3% a mais que em janeiro/24.
Apesar desse leve recuo entre dezembro/24 e janeiro/25, o volume embarcado é recorde para um mês de janeiro, considerando-se a série histórica da Secex, iniciada em 1997. Em termos financeiros, a receita obtida pelo setor exportador também recuou (-7,8%) na comparação mensal, passando de US$ 256,1 milhões em dezembro/24 para US$ 236,1 milhões em janeiro/24. Já na comparação anual, houve aumento de expressivos 19,5%, ainda conforme dados da Secex. Trata-se, inclusive, da maior receita arrecadada para um mês de janeiro.
A redução nos envios de dezembro para janeiro esteve atrelada à diminuição das compras dos principais importadores do Brasil, sobretudo da Ásia. Levantamento da Secex mostra que Japão, Hong Kong e China reduziram as aquisições em 2,1%, 0,7% e 0,1%, respectivamente, de dezembro para janeiro, somando 8,1 mil toneladas, 9,5 mil toneladas e 19,8 mil toneladas no primeiro mês deste ano. Já neste começo de fevereiro, as exportações da carne suína in natura apresentam média diária recorde de embarques, de 6,3 mil toneladas, significativos 57,8% acima da de janeiro e 42% maior que a de fevereiro do ano passado. Fonte: Cepea Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.